.

Um passo em frente nesta longa escadaria rumo a um sentimento de concretização pessoal. Sou, na minha essência, a mesma... mas visto-me mais de acordo com uma filosofia que é minha, que tomo como minha. Aquela que me autoriza a errar, a arriscar, a ser uma mente aberta, a pagar preços altos pelo que, para mim, faz todo o sentido... momentos de felicidade!

Meu Mundo

"Não sou para todos. Gosto muito do meu mundinho. Ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas. Às vezes tem um céu azul, outras tempestades. Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos. Mas não cabe muita gente. Todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso... São necessárias!" ***Caio F. Abreu

27 de dezembro de 2014

Aos que ...

Aos que não casaram,
Aos que vão casar,
Aos que acabaram de casar,
Aos que pensam em se separar,
Aos que acabaram de se separar.
Aos que pensam em voltar...

Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja.
O AMOR É ÚNICO,
como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.

A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue,
A SEDUÇÃO
tem que ser ininterrupta...

Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança, acabamos por sepultar uma relação que poderia
SER ETERNA

Casaram. Te amo pra lá, te amo pra cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas.
Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes, nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja, antes de mais nada,
RESPEITO.
Agressões zero.

Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência... Amor só, não basta. Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura, para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver
BOM HUMOR
para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.
Tem que saber levar.

Amar só é pouco.
Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas para pagar.
Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar.
Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.

Entre casais que se unem , visando à longevidade do matrimônio, tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um.
Tem que haver confiança. Certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão.
E que amar "solamente", não basta.

Entre homens e mulheres que acham que
O AMOR É SÓ POESIA,
tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado.

O amor é grande, mas não são dois.
Tem que saber se aquele amor faz bem ou não, se não fizer bem, não é amor. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.
O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.

Um bom Amor aos que já têm!
Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!

Artur da Távola

22 de dezembro de 2014

Trabalho e Amor

"Quando trabalhais, sois uma flauta através da qual o murmúrio das horas se transforma em melodia.

Quem de vós aceitaria ser um caniço mudo e surdo quando tudo o mais canta em uníssono?

Sempre vos disseram que o trabalho é uma maldição, e o labor, uma desgraça.
Mas eu vos digo que, quando trabalhais, realizais parte do sonho mais longínquo da terra, desempenhando assim uma missão que vos foi designada quando esse sonho nasceu.

E, apegando-vos ao trabalho, estareis na verdade amando a vida.
Disseram-vos que a vida é escuridão; e no vosso cansaço, repetis o que os cansados vos disseram.
E eu vos digo que a vida é realmente escuridão, exceto quando há um impulso.
E todo impulso é cego, exceto quando há saber.
E todo saber é vão, exceto quando há trabalho.
E todo trabalho é vazio, exceto quando há amor.
E quando trabalhais com amor, vós vos unis a vós próprios e uns aos outros, e a Deus.
E que é trabalhar com amor?
É tecer o tecido com fios desfiados de vosso próprio coração, como se vosso bem-amado fosse usar esse tecido.
É construir uma casa com afeição, como se vosso bem-amado fosse habitar essa casa.
É semear as sementes com ternura e recolher a colheita com alegria, como se vosso bem-amado fosse comer-lhe os frutos.
É pôr em todas as coisas que fazeis um sopro de vossa alma.

O trabalho é o amor feito visível.
E se não podeis trabalhar com amor, mas somente com desgosto, melhor seria que abandonásseis o vosso trabalho e vos sentásseis à porta do templo a solicitar esmolas daqueles que trabalham com alegria.

Pois se cozerdes o pão com indiferença, cozereis um pão amargo, que satisfaz somente a metade da fome do homem.
E se espremerdes a uva de má vontade, vossa má vontade destilará no vinho o seu veneno.

E ainda que canteis como os anjos, se não tiverdes amor ao canto, tapais os ouvidos do homem às vozes do dia e às vozes da noite."
Poema de Kahlil Gibran

9 de novembro de 2014

Normose...


Lendo uma entrevista do professor Hermógenes, 86 anos, considerado o fundador da ioga no Brasil, ouvi uma palavra inventada por ele que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de normose, a doença de ser normal. Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar. O sujeito "normal" é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido. Quem não se "normaliza" acaba adoecendo. A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento. A pergunta a ser feita é: quem espera o que de nós? Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas?




Eles não existem. Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha "presença" através de modelos de comportamento amplamente divulgados. Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, seja lá quem for todos. Melhor se preocupar em ser você mesmo.


A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar?


Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta. Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser original. Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais.


Eu não sou filiada, seguidora, fiel, ou discípula de nenhuma religião ou crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera. Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.


Martha Medeiros

Relaxe!

"As vezes, precisamos largar as mãos da Vida.

Principalmente quando estamos nervosos demais.

Aguardando aquela resposta, aquele resultado

Ou simplesmente aflitos pelo dia que ainda nem chegou.

Relaxe!

A vida sopra o dia em pequenas rajadas de acontecimentos.

Tudo tem o seu momento, o seu tempo de realizar-se.

Seja você aquele que dirige a sua vida,

ainda que sem as mãos,

cheio de emoção,

guiado pela intuição, inspirado pelo coração.

Vibrando aquela alegria quase infantil,

certo de que no final daquela curva, na próxima esquina,

a Felicidade te espera para mais um momento incrível.

Solte as mãos da Vida e descubra que Alguém te guia.

Ainda que você não o veja,

Deus te acompanha e deseja que você descubra o prazer de viver,

na simplicidade do dia que foi feito pra você.

Dia de crescer na paz e na riqueza de ser 'mais você'!"

Paulo Roberto Gaefke
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O caminho para sair da depressão...

Nós temos o poder de reconhecer nossos pensamentos, nossos sentimentos, nossas emoções, nossas percepções.
Nós não temos que suprimi-las.
Mas nós queremos ter o tempo e o espaço para olhar para elas e as reconhecer tais como elas são.
Esta é a prática básica.
Fazer o que for preciso para ficar presente no aqui e no agora.
Muitas vezes o nosso corpo está aqui, mas nossa mente está em outro lugar.
Nossos filhos não sentem que estamos verdadeiramente presentes.


Quando você vai a uma casa e você quer encontrar alguém nela, você pergunta, “há alguém em casa?”.
E se alguém diz “sim”, então você ficará feliz.
Você não quer ir a uma casa onde não tem ninguém.
Muito frequentemente nós não estamos em casa.
Estamos perdidos em nossos pensamentos, nossas preocupações, nossos projetos, nossa ansiedade, nosso medo.
Nós estamos completamente perdidos.
Não estamos lá para ficarmos a par do que está acontecendo.
A prática oferecida a nós pelo Buda não é estar no piloto automático, mas a prática da consciência, da vida consciente.


Se você está deprimido ou se você está com medo de entrar em depressão, é esta a saída.
Se você puder ficar presente, se você puder identificar os tipos de sentimentos e pensamentos que são responsáveis pela sua depressão, você poderá ser livre.
Você sabe que este tipo de pensamento, este tipo de sentimento causará uma recaída, e que a conscientização é o início da cura, da sua liberdade. Você não está com medo.
Se você estiver realmente presente, pode permitir que os materiais difíceis venham para que você possa reconhecê-los.
E você pode fazer algo para convidar os materiais maravilhosos a virem e ficarem com você, para lhe ajudar a processar os materiais que você precisa processar.


O Reino de Deus não é uma ideia.
É uma realidade.
Todas as vezes que estamos conscientes, todas as vezes que estamos concentrados, podemos entrar em contato com o Reino de Deus para nossa transformação e cura.
É claro, o inferno está aqui no momento presente, mas o Reino de Deus também está aqui no momento presente, e nós temos que escolher entre os dois.


Para que possamos destrancar a porta da felicidade, a porta do Reino, a porta da compaixão e amor, precisamos de uma chave.
Esta chave, de acordo com os ensinamentos do Buda, é o triplo treinamento da plena consciência, concentração e insight.
O Reino de Deus é um lugar onde nós podemos cultivar o insight e a compaixão.


Thich Nhat Hahn
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6 de novembro de 2014

Para que serve o homem?


Para que as mulheres procurarão um homem, se agora, nem mesmo para a reprodução eles serão necessários?”

Essa pergunta vem atormentando o jornalista Ruy Castro desde que ele leu que a ciência acaba de descobrir um jeito de produzir espermatozóides a partir das células tronco femininas. Ou seja: uma mulher agora não depende mais de um homem para ser fecundada.

Ruy, que sempre fez um sucesso enorme entre as mulheres, tem medo que agora estas não considerem mais os homens nem mesmo para funcionar como homem-objeto (status a que foram elevados no auge do feminismo, lembram?) E arremata declarando que provavelmente agora os homens serão novamente “atirados na lata do lixo da história”

Ora, ora, Ruyzinho o que é isso? Realmente há tempos deixamos de considerar os homens como potenciais provedores, trocadores de pneus e mesmo parceiros para criar os filhos – uma vez instituída a tal da produção independente.

Porém daí a serem jogados na lata do lixo da história !? Muita calma nessa hora. Quem seria a louca mulher de fazer pouco e descartar um espécime capaz de originar tantos e tão variados prazeres? Sou capaz de lembrar uma lista infinita de utilidades e delícias com que os homens nos presenteiam, que mulher nenhuma seria capaz de reproduzir a contento.

Cafuné por exemplo. Há homens que são verdadeiros mestres nisso: fazem horas e horas de cafuné enquanto assistimos a um filme ou ouvimos música.

Aí há os especialistas em massagem na planta dos pés (pensa que é pouco?) têm a mão firme, sabem exatamente onde fazer mais ou menos pressão – um paraíso.

Outros arrepiam a gente só de encostar a mão. Arrepio daqueles que parece que estamos em uma montanha russa – e isso com um toque macio, levezinho, apenas ligeiramente safado.

E os que beijam então? Estes estão em extinção, mas quando um homem que beija, beija uma mulher que gosta de beijo – uau!

Há homens que sabem falar – estes raríssimos, se você conhecer algum, me avise – e falam coisas lindas, muitas vezes com uma voz baixa, meio rascante, mas com a naturalidade de quem diz bom dia. E deixam a gente de pernas bambas, onde quer que estejamos. Imagine a utilidade de um homem desses! Os que sabem falar, invariavelmente pensam bem, aí não sobra pra mais nenhum.

E o que me diz dos homens que fazem uma mulher rir? De verdade, não aquele risinho para agradar o “parceiro”. Nada se compara a cumplicidade de uma boa risada com um homem que sabe fazer rir. Não tem nada a ver com a sensação de rir com a melhor amiga.

Há homens insubstituíveis na cama. Aqueles craques em encontrar um bom filme começando em meio ao lixo eletrônico oferecido pelos canais de assinatura. E nos fazem companhia noite adentro de mãos dadas depois de um dia exaustivo quando não queremos nada mais do que apenas isso.

Não falei ainda dos homens que nos proporcionam prazeres sexuais inenarráveis. Não pela qualidade da transa em si, mas pela habilidade de, logo depois dela, tratarem-nos como verdadeiras rainhas. E aí nos sentimos saciadas, valorizadas, gostosas e prontas para a vida.

Decididamente caro Ruy, não há o que temer. Mulheres com juízo sempre procurarão e encontrarão homens com talento.

Talvez o mais difícil seja combinar antes dois pré-requisitos realmente essenciais para que o encontro flua melhor: é preciso que a mulher em questão realmente goste de homens e não esteja na dúvida entre a companhia de um deles e ir a academia ou varar a noite trabalhando para atingir metas.

E que, como já dizia Edith Piaf em Paris ou Marina Lima no Rio, é preciso que ela esteja disposta a renunciar algumas coisas pelo prazer de ter um “homem pra chamar de seu”. Mon homme. Como preferir.

Fonte: Vila equilíbrio

5 de novembro de 2014

Trecho do livro "Olhai os lírios do campo"

"Estive pensando muito na fúria com que os homens se atiram à caça do dinheiro. É essa a causa principal dos dramas, das injustiças, da incompreensão da nossa época. Eles esquecem o que têm de mais humano e sacrificam o que a vida lhes oferece de melhor: as relações de criatura para criatura. De que serve construir arranha-céus se não há mais almas humanas para morar neles?

Quero que abras os olhos, Eugênio, que acordes enquanto é tempo. Peço-te que pegues a minha Bíblia que está na estante de livros, perto do rádio, leias apenas o Sermão da Montanha. Não te será difícil achar, pois a página está marcada com urna tira de papel. Os homens deviam ler e meditar esse trecho, principalmente no ponto em que Jesus nos fala dos lírios do campo, que não trabalham nem fiam, e no entanto nem Salomão em toda a sua glória jamais se vestiu como um deles.

Está claro que não devemos tomar as parábolas de Cristo ao pé da letra e ficar deitados à espera de que tudo nos caia do céu. É indispensável trabalhar, pois um mundo de criaturas passivas seria também triste e sem beleza. Precisamos, entretanto, dar um sentido humano às nossas construções. E quando o amor ao dinheiro, ao sucesso, nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu.

Não penses que estou fazendo o elogio do puro espírito contemplativo e da renúncia, ou que ache que o povo deva viver narcotizado pela esperança da felicidade na "outra vida". Há na terra um grande trabalho a realizar. É tarefa para seres fortes, para corações corajosos. Não podemos cruzar os braços enquanto os aproveitadores sem escrúpulos engendram os monopólios ambiciosos, as guerras e as intrigas cruéis. Temos de fazer-lhes frente.

É indispensável que conquistemos este mundo, não com as armas do ódio e da violência e sim com as do amor e da persuasão. Considera a vida de Jesus. Ele foi antes de tudo um homem de ação e não um puro contemplativo.

Quando falo em conquista, quero dizer a conquista duma situação decente para todas as criaturas humanas, a conquista da paz digna, através do espírito de cooperação.

E quando falo em aceitar a vida não me refiro à aceitação resignada e passiva de todas as desigualdades, malvadezas, absurdos e misérias do mundo. Refiro-me, sim, à aceitação da luta necessária, do sofrimento que essa luta nos trará, das horas amargas a que ela forçosamente nos há de levar."
(carta de Olívia a Eugênio)

Érico Veríssimo
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SEXO+AMOR = AMOR+SEXO???…



Olha , nós seres humanos somos cheios de vontade de entender o que se passa em nossas cabeças, quando o assunto é: “relacionamentos SENTIMENTAIS” , o problema do amor é que dura muito, já o sexo dura pouco. Amor busca uma certa ‘grandeza’. O sexo é mais embaixo. O perigo do sexo é que você pode se apaixonar. O perigo do amor é virar amizade. Com camisinha, há ‘sexo seguro’, mas não há camisinha para o amor.

O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é a lei. Sexo é a transgressão. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo, o sonho dos casados…

Amor precisa do medo, do desassossego. Sexo precisa da novidade, da surpresa. O grande amor só se sente na perda. O grande sexo sente-se na tomada de poder. Amor é de direita. Sexo, de esquerda – ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta…e lá vamos nós sem entender nada dessa vida…


Fonte- Obvius
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Sobre a ansiedade de cada dia –

Não sei ficar parada, com a cabeça em algum lugar, pensando em como seria a minha vida. É claro que sonhar é bom, mas não tenho paciência para ficar vendo a coisa acontecer, prefiro tomar uma atitude e ver se dá certo. E se não dá vou tentando, porque o que é nosso uma hora chega. Mesmo que perca a hora ou passe do ponto.

Sou daquelas que paga para ver. E o que vejo nem sempre é bom, mas dou um jeito de embelezar as coisas. Acho que nós fazemos o nosso mundo. Na verdade, fazemos tudo: nosso trabalho, nossos amigos, nosso amor, nossa paixão por pessoas e coisas. Nós é que decidimos como queremos viver nossos relacionamentos. Nós é que estabelecemos, secretamente ou não, o que aceitamos. Você vive uma vida conturbada porque de uma forma ou de outra atrai isso. Por isso, é sempre bom decidir e colocar dentro da cabeça o que não queremos de forma alguma. É, eu sei que nem tudo sai como o esperado, tem coisa que foge das nossas mãos. Mas acho que o que nos pertence chega. Uma hora é claro que chega.

Tenho a mania de querer tudo para ontem, de ficar gastando energia e pensamento em coisas que nem sempre posso modificar. Estou trabalhando essas pequenas questões, tentando não ser tão apressadinha com resultados, retornos, decisões. Nem tudo acontece na hora em que achamos que deveria acontecer. E é isso que eu tento me dizer: calma, calma, a vida tem o seu tempo.

Talvez eu seja muito otimista, sei lá. Mas prefiro viver achando que tudo vai ser sempre melhor do que ficar com a cara amarrada perdendo o melhor da festa. E o melhor é o que acontece justamente hoje. É que nem uma dieta: tem gente que só quer ver os quilos diminuírem ao subir na balança. Essas pessoas esquecem de apreciar o passo a passo, a trajetória, cada pequena conquista. O resultado não é o mais importante, o que vale é mudar a postura em relação ao alimento, é modificar esse relacionamento. Não adianta nada chegar no peso ideal e voltar a comer desesperadamente, pois você vai engordar tudo de novo (e talvez até um pouco mais). Comer é bom, sim, mas é apenas uma coisa que fazemos na vida. Não é a nossa vida. Essa é a grande diferença. Não dá para focar apenas no destino, a gente precisa apreciar a paisagem que vai passando pouco a pouco pela nossa janela. Essas são as coisas simples da vida.

(Por isso, ao invés de correr contra o relógio eu vivo agora de uma forma mais leve. Acredite, isso é libertador.)

Clarissa Corrêa



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4 de novembro de 2014

Expectativas : Saiba como lidar com as suas!



A vida não é feita de expectativas, é feita de escolhas!

Expectativas são esperas ansiosas e produzem um efeito danoso em nossas vidas quando excedem os padrões da realidade.

É da natureza humana gerar expectativas com relação às coisas, o problema é que nossa imaginação é muito fértil e nossos desejos excedem nossa compreensão da realidade. Nestas condições criamos expectativas com pouca ou nenhuma chance de acontecerem e caminhamos rumo à decepção e a frustração.

Achamos que os outros nos decepcionam quando, na verdade, na maioria das vezes fomos nós quem criamos expectativas irreais sobre eles e suas atitudes.
A solução para essas questões que sempre causam sofrimento e desilusões passa pelas seguintes reflexões:

1ª) Precisamos compreender que nossas expectativas são formadas a partir de nossos desejos e fantasias e, não possuem, muitas vezes, nenhuma relação com a realidade.

2ª) Nossas expectativas estão ligadas à nossa imaginação e por isso podem assumir proporções muito difíceis de serem atendidas.

3ª) As expectativas são nossas, mas podem depender de ação de outras pessoas e acontecimentos para se concretizarem, portanto estamos esperando por algo sobre o qual não temos controle efetivo.

4ª) Expectativas estão associadas à imaginação, sentimentos, emoções e experiências anteriores.

5ª) Expectativas sofrem a ação da nossa ansiedade e dos outros aspectos psicológicos que compõe a nossa personalidade.

Assim, como em tudo na vida, também precisamos aprender a lidar com nossas expectativas e introduzir a razão como mediadora entre elas e a realidade.
Às vezes, você espera que alguém ligue para você e a pessoa não liga… Quanto maiores forem as expectativas de receber a ligação, maior será o sofrimento e a decepção de não a ter recebido. Não percebemos nitidamente, mas nos sentimos feridos, afinal a pessoa “devia” ter ligado e não ligou. Pronto. Esse “ferimento emocional”, que se originou em função de nossas expectativas não atendidas, será suficiente para que nossa imaginação agigante as consequências ao criar as “razões“ pelas quais a pessoa não ligou, tais como: ela não me dá a atenção que eu mereço; ela só me procura quando convém; ela deve estar se divertindo com outras pessoas; ela está me enganando; ela não tem por mim a mesma consideração e sentimento que eu tenho por ela, etc.

Ora, todas estas “razões” são meras suposições da nossa imaginação ampliadas pela ansiedade e por frustrações e comparações com situações anteriores.
A pessoa pode não ter ligado por razões concretas e justificáveis as quais poderíamos facilmente compreender em uma conversa franca com ela. Julgamos baseados em suposições, e suposições são apenas probabilidades manipuladas pela nossa imaginação.

Quanto maiores forem as suas expectativas diante de qualquer situação na vida, maiores serão suas chances de se decepcionar. Quando não estamos esperando nada, achamos tudo o que acontece maravilhoso. Quando esperamos pouco, o que acontece facilmente atende ou supera as nossas expectativas, mas quando esperamos muito…

Esperar muito é depositar nas mãos de outras pessoas e acontecimentos a responsabilidade de fazer seus desejos acontecerem. É uma perigosa ilusão.
Procure dividir os aspectos de sua vida em dois grandes grupos: as coisas que você espera que aconteçam e depende determinantemente de você e as coisas que você espera que aconteça, mas dependem muito mais de outras pessoas e acontecimentos que da sua ação.

Observe que você só pode agir sobre as coisas que dependem determinantemente de você. Somente sobre elas você possui controle. As coisas que dependem de outras pessoas e acontecimentos estão fora do seu controle, você pode até influenciá-las de alguma maneira, mas não pode controlá-las.

Utilize a sabedoria para não gerar expectativas muito elevadas para as coisas que não dependem diretamente de você e de suas atitudes. Elas dependem de outras pessoas que não pensam como você pensa, não agirão como você agiria e não sentem as coisas exatamente como você sente.

Concentre-se em alterar as coisas que você pode e em buscar compreender as que estão nas mãos dos outros.

Deixar a vida ser dirigida por nossas expectativas é como dirigir em alta velocidade de olhos vendados. Abra os olhos da razão, use o coração para amar a vida e as pessoas e a razão para conhecê-las, compreendê-las e aceitá-las.

Uma vida baseada em expectativas é irreal e muito perigosa. Faça as pazes com a realidade e aprenda a ajustar suas expectativas dentro de um padrão lúcido e flexível.

Nem a vida nem as pessoas são como nós gostaríamos que fossem, são como são. Nem mesmo nós somos como gostaríamos de ser…

Um alerta importante: Antes de tentar se tornar quem você gostaria de ser, observe se suas expectativas com relação a si mesmo não estão equivocadas, talvez você esteja melhor assim…

A vida é feita de escolhas, mas é impactada por nossas expectativas.

Texto de Carlos HilsdorfA vida não é feita de expectativas, é feita de escolhas!

Expectativas são esperas ansiosas e produzem um efeito danoso em nossas vidas quando excedem os padrões da realidade.

É da natureza humana gerar expectativas com relação às coisas, o problema é que nossa imaginação é muito fértil e nossos desejos excedem nossa compreensão da realidade. Nestas condições criamos expectativas com pouca ou nenhuma chance de acontecerem e caminhamos rumo à decepção e a frustração.

Achamos que os outros nos decepcionam quando, na verdade, na maioria das vezes fomos nós quem criamos expectativas irreais sobre eles e suas atitudes.
A solução para essas questões que sempre causam sofrimento e desilusões passa pelas seguintes reflexões:

1ª) Precisamos compreender que nossas expectativas são formadas a partir de nossos desejos e fantasias e, não possuem, muitas vezes, nenhuma relação com a realidade.

2ª) Nossas expectativas estão ligadas à nossa imaginação e por isso podem assumir proporções muito difíceis de serem atendidas.

3ª) As expectativas são nossas, mas podem depender de ação de outras pessoas e acontecimentos para se concretizarem, portanto estamos esperando por algo sobre o qual não temos controle efetivo.

4ª) Expectativas estão associadas à imaginação, sentimentos, emoções e experiências anteriores.

5ª) Expectativas sofrem a ação da nossa ansiedade e dos outros aspectos psicológicos que compõe a nossa personalidade.

Assim, como em tudo na vida, também precisamos aprender a lidar com nossas expectativas e introduzir a razão como mediadora entre elas e a realidade.
Às vezes, você espera que alguém ligue para você e a pessoa não liga… Quanto maiores forem as expectativas de receber a ligação, maior será o sofrimento e a decepção de não a ter recebido. Não percebemos nitidamente, mas nos sentimos feridos, afinal a pessoa “devia” ter ligado e não ligou. Pronto. Esse “ferimento emocional”, que se originou em função de nossas expectativas não atendidas, será suficiente para que nossa imaginação agigante as consequências ao criar as “razões“ pelas quais a pessoa não ligou, tais como: ela não me dá a atenção que eu mereço; ela só me procura quando convém; ela deve estar se divertindo com outras pessoas; ela está me enganando; ela não tem por mim a mesma consideração e sentimento que eu tenho por ela, etc.

Ora, todas estas “razões” são meras suposições da nossa imaginação ampliadas pela ansiedade e por frustrações e comparações com situações anteriores.
A pessoa pode não ter ligado por razões concretas e justificáveis as quais poderíamos facilmente compreender em uma conversa franca com ela. Julgamos baseados em suposições, e suposições são apenas probabilidades manipuladas pela nossa imaginação.

Quanto maiores forem as suas expectativas diante de qualquer situação na vida, maiores serão suas chances de se decepcionar. Quando não estamos esperando nada, achamos tudo o que acontece maravilhoso. Quando esperamos pouco, o que acontece facilmente atende ou supera as nossas expectativas, mas quando esperamos muito…

Esperar muito é depositar nas mãos de outras pessoas e acontecimentos a responsabilidade de fazer seus desejos acontecerem. É uma perigosa ilusão.
Procure dividir os aspectos de sua vida em dois grandes grupos: as coisas que você espera que aconteçam e depende determinantemente de você e as coisas que você espera que aconteça, mas dependem muito mais de outras pessoas e acontecimentos que da sua ação.

Observe que você só pode agir sobre as coisas que dependem determinantemente de você. Somente sobre elas você possui controle. As coisas que dependem de outras pessoas e acontecimentos estão fora do seu controle, você pode até influenciá-las de alguma maneira, mas não pode controlá-las.

Utilize a sabedoria para não gerar expectativas muito elevadas para as coisas que não dependem diretamente de você e de suas atitudes. Elas dependem de outras pessoas que não pensam como você pensa, não agirão como você agiria e não sentem as coisas exatamente como você sente.

Concentre-se em alterar as coisas que você pode e em buscar compreender as que estão nas mãos dos outros.

Deixar a vida ser dirigida por nossas expectativas é como dirigir em alta velocidade de olhos vendados. Abra os olhos da razão, use o coração para amar a vida e as pessoas e a razão para conhecê-las, compreendê-las e aceitá-las.

Uma vida baseada em expectativas é irreal e muito perigosa. Faça as pazes com a realidade e aprenda a ajustar suas expectativas dentro de um padrão lúcido e flexível.

Nem a vida nem as pessoas são como nós gostaríamos que fossem, são como são. Nem mesmo nós somos como gostaríamos de ser…

Um alerta importante: Antes de tentar se tornar quem você gostaria de ser, observe se suas expectativas com relação a si mesmo não estão equivocadas, talvez você esteja melhor assim…

A vida é feita de escolhas, mas é impactada por nossas expectativas.

Texto de Carlos Hilsdorf


25 de outubro de 2014

Aos que não casaram, Aos que vão...

Aos que não casaram,
Aos que vão casar,
Aos que acabaram de casar,
Aos que pensam em se separar,
Aos que acabaram de se separar....
Aos que pensam em voltar...

Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja.
O AMOR É ÚNICO,
como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.

A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue,
A SEDUÇÃO
tem que ser ininterrupta...

Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança, acabamos por sepultar uma relação que poderia
SER ETERNA

Casaram. Te amo pra lá, te amo pra cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas.
Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes, nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja, antes de mais nada,
RESPEITO.
Agressões zero.

Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência... Amor só, não basta. Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura, para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver
BOM HUMOR
para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.
Tem que saber levar.

Amar só é pouco.
Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas para pagar.
Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar.
Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.

Entre casais que se unem , visando à longevidade do matrimônio, tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um.
Tem que haver confiança. Certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão.
E que amar "solamente", não basta.

Entre homens e mulheres que acham que
O AMOR É SÓ POESIA,
tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado.

O amor é grande, mas não são dois.
Tem que saber se aquele amor faz bem ou não, se não fizer bem, não é amor. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.
O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.

Um bom Amor aos que já têm!
Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!
Artur da Távola

13 de outubro de 2014

ALMAS QUE SE ENCONTRAM

Dizem que para o amor chegar não há dia, não há hora, nem momento marcado para acontecer. Ele vem de repente e se instala no mais sensível dos nossos órgãos, o coração.
Começo a acreditar que sim. Mas percebo também que pelo fato deste momento não ser determinado pelas pessoas, quando chega, quase sempre
os sintomas são arrebatadores. Vira tudo às avessas e a bagunça feliz se faz instalada. Quando duas almas se encontram o que realça primeiro não é a aparência fisica, mas a semelhança d'almas. Elas se compreendem e sentem falta uma da outra.
Se entristecem por não terem se encontrado antes, afinal tudo poderia ser tão diferente. No entanto sabem que o caminho é este e que não haverá retorno para as suas pretensões. É como se elas falassem além das palavras, entendessem a tristeza do outro, a alegria, o desejo, mesmo estando em lugares diferentes. Quando almas afins se entrelaçam passam a sentir saudade uma da outra num processo
contínuo de reaproximação até a consumação.
Almas que se encontram podem sofrer bastante também, pois muitas vezes tais encontros acontecem em momentos onde não mais podem extravasar toda a plenitude do amor que carregam, toda a alegria de amar e querer compartilhar a vida com o outro, toda a emoção contida à espera do encontro fatal.
Desejam coisas que se tornam quase impossíveis, mas que são tão simples de viver. Como ver o pôr-do-sol, caminhar por uma estrada com
lindas árvores, ver a noite chegar, ir ao cinema e comer pipocas, rir e brincar, brigar às vezes, mas fazer as pazes com um jeitinho muito especial.
Amar e amar, muitas vezes sabendo que logo depois poderão estar juntas de novo sem que a despedida se faça presente. Porém muitas vezes elas se encontram em um
tempo e em um espaço diferentes do que suas realidades possam permitir.
Mas depois que se encontram ficam marcadas, tatuadas e ainda que nunca venham a caminhar para sempre juntas, elas jamais conseguirão se separar. E o mais importante: terão de se encontrar em algum lugar.
Almas que se encontram jamais se sentirão sozinhas porquanto entenderão, por si só, a infinita necessidade que têm uma da outra para toda a eternidade...


Por Edson Pessel

4 de outubro de 2014

Ser Transparente...

Ser Transparente...
Ás vezes, fico me perguntando por que é tão difícil ser transparente...
Ser Transparente...
Costumamos acreditar que Ser Transparente é simplesmente ser sincero, não enganar os outros.
Mas "Ser Transparente" é muito mais do que isso...
É ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que a gente sente...
Ser transparente é desnudar a alma, é deixar cair as "máscaras", baixar as armas,...Destruir os imensos e grossos muros que insistimos tanto em nos empenhar para levantar...
Ser transparente é permitir que toda a nossa doçura aflore, desabroche, transborde...
Mas, infelizmente, quase sempre, a maioria de nós decide não correr esse risco. Preferimos a dureza da razão à leveza que exporia toda a fragilidade humana....
Preferimos o "nó na garganta" às lágrimas que brotam do mais profundo de nosso ser...
Preferimos nos perder numa busca insana por respostas imediatas a simplesmente nos entregar diante de Deus e admitir que não sabemos, que temos medo!
Por mais doloroso que seja ter de construir uma ‘máscara’ que nos distancia cada vez mais de quem realmente somos e até do nosso Deus... preferimos assim: manter uma imagem que nos dê a sensação de proteção...
E assim vamos nos afogando mais e mais em falsas palavras, em falsas atitudes, em falsos sentimentos...
Não porque sejamos pessoas mentirosas!...
Mas porque, como folhas secas, nos perdemos de nós mesmos e já não sabemos onde está nossa brandura, nosso amor mais intenso e não-contaminado...
Com o passar dos anos, um vazio frio e escuro nos faz perceber que já não sabemos dar e nem pedir o que de mais precioso temos a compartilhar com os irmãos... doçura, compaixão... compreensão...
...de que todos nós sofremos e às vezes nos sentimos sós, imensamente tristes e choramos baixinho antes de dormir...
Num silêncio que nos remete à saudade de "nós mesmos"...daquilo que pulsa e grita dentro de nós, mas que não temos coragem de mostrar àqueles que mais amamos!
Porque, infelizmente, aprendemos que é melhor revidar, descontar, agredir, acusar, criticar e julgar do que simplesmente dizer: "você está me machucando... Pode parar, por favor!"
Porque aprendemos que dizer isso é ser fraco, é ser bobo, é ser menos do que o outro...
Quando, na verdade, se agíssemos deixando que a nossa razão ouvisse também o nosso coração, poderíamos evitar tanta dor... Tanta dor!...
Que consigamos não prender o choro, não conter a gargalhada, não esconder tanto o nosso medo, não desejar parecer tão invencíveis... Que consigamos tentar não controlar tanto, responder tanto, competir tanto... Mas confiar na Graça do Senhor Jesus Cristo , que nos basta...
"Não devemos ter medo dos confrontos.... Mas sugiro que deixemos explodir toda a nossa doçura! "
A inteligência sem amor nos faz perversos.
A justiça sem amor nos faz implacáveis...
A diplomacia sem amor nos faz hipócritas.
O êxito sem amor nos faz arrogantes...
A riqueza sem amor nos faz avaro...
A pobreza sem amor nos faz orgulhosos...
A beleza sem amor nos faz fúteis. A autoridade sem amor nos faz tiranos.
"Ame, simplesmente ame!"
E quando, algumas vezes, NÃO encontramos as palavras adequadas para expressar o que sentimos; seja por timidez ou porque os sentimentos nos avassalam; nesses casos podemos contar com o idioma dos abraços...
A vida sem amor... não tem qualquer sentido!
"Ame, simplesmente ame!"
O trabalho sem amor nos faz escravos.
A simplicidade sem amor nos deprecia.
A lei sem amor nos oprime.
A política sem amor nos deixa egoístas.
A fé sem amor nos deixa fanáticos.
A cruz sem amor se converte em tortura.
"Lembrando que "a vida é tão curta e a tarefa de vive-la é tão difícil que quando começamos a aprende-la, já é hora de partir... " Sigamos na certeza de que....
TUDO PASSA...
Que consigamos docemente viver... Sentir... Amar... Ser Transparentes!...
…certo de que esse momento que você vive, seja ele de muita alegria ou de dor…
…Vai passar! e você deverá seguir em frente, sem olhar para trás, rumo à eternidade, sempre transparente, porque tudo passa, mas você é eterno...

Autoria desconhecida

 

Acordei !!!



Quando eu me cobrei demais, não resisti.
Cai diante de tantas exigências e me perdi.
E diante do fracasso dos sonhos malucos que criei,
me vi sentado no desespero e não me achei.

Somos nossos maiores inimigos quando sonhamos.
Quando não colocamos freios na nossa imaginação.
Quando mentimos tanto para nós mesmos, que acreditamos na mentira e nos frustramos.

Nos deixamos levar pela ilusão que cega,
e nos ferimos além do corpo,
bem no fundo da alma, que se entrega.

Eis o fundo do poço:
alguém que já não acredita em si mesmo.
Alguém que se machucou tanto que tem medo do amor.
Alguém que não consegue ver nada além da dor.
Alguém que até mesmo a fé debandou,
e do pouco que restou, ficou o ar que insiste em utilizar,
é viver por viver, caminhar por caminhar.

Alma querida, corte agora os laços com a ilusão.
Acorde para a Vida que é tão bonita e te espera.
Não para viver o sonho da Cinderela
ou do "príncipe adormecido".
Mas o da realidade que pede paciência, trabalho, resignação, e aquela mistura dosada de medo, incerteza e desejo de acertar.

Descobrir que somos falíveis, que erramos, acertamos e temos que seguir adiante.
Não se cobre além dos erros de hoje para procurar acertar amanhã.
E se não der, se errar de novo, sorria, a vida é aprendizado.
E se repetirmos o ano, resta a certeza de que no ano que vem,
já começaremos sabendo mais que os outros.

Sorria e seja feliz!

Paulo Roberto Gaefke


Esvazie a mala

Pessoas que não conseguem desapegar-se das coisas que acumulam na vida, deixam de aproveita-la, porque não conseguem livrar-se de suas pesadas bagagens.
Em minhas viagens, costumo encontrar muitas pessoas que não curtem a jornada porque estão preocupadas demais com sua imensa bagagem. O mesmo acontece com as pessoas que não conseguem desapegar-se das coisas que acumulam na vida: bens, cargos, posições e até mesmo relacionamentos. Elas, com freqüência, deixam de aproveitar a vida porque não conseguem livrar-se de suas pesadas bagagens.
A ruptura de um relacionamento, por exemplo, não é nada fácil, embora em geral, no começo da relação, tudo seja muito simples e gostoso. Estamos, normalmente, tomados pelo delicioso anestésico da paixão. Lidar com o fim de uma relação, porém, é coisa que poucos sabem – embora todos nós possamos aprender.
A melhor história de desapego que conheço aconteceu com um casal de amigos meus. Certo dia, eles me convidaram para uma festa. Ao chegar, vi que se tratava de uma ocasião especial: decoração caprichada, banda de música, todos os amigos e familiares presentes. Lá pelas tantas, para surpresa geral, o casal anunciou que a festa era em comemoração de sua despedida. Estavam celebrando o fim de um ciclo de sua vida após dezessete anos de união. Em um discurso, explicaram:
– Para que a planta nasça, é preciso matar a semente. Para que o fruto exista, é preciso morrer a florada. A borboleta só surge com o desaparecimento da lagarta. O ser humano não existe sem o embrião e só vinga com a transformação do óvulo. Estamos morrendo para esse relacionamento, porém sinceramente preocupados e comprometidos em nascer para outros muito melhores, em que possamos doar o máximo de cada um de nós! Por favor, não fiquem tristes com nossa separação porque os amigos do coração nunca se separam.
Eles decidiram separar-se quando perceberam que estavam mais preocupados em anular a alegria um do outro do que em ser felizes. Se, para serem felizes, era importante transformar essa relação, eles dariam esse passo. Até mesmo para manter a amizade.
Que coragem, não?
É muito raro que alguém admita diante do parceiro que está casado por causa do conforto e não tem mais coragem de enfrentar a própria vida.
Se meu casal de amigos insistisse em seu relacionamento, provavelmente acumularia infelicidades e não poderia aproveitar os diversos passarinhos do amor que ainda surgiriam.
Por isso, não tema deixar para trás as coisas que já morreram. Elas são como uma bagagem que não é mais necessária.
Somente nossa experiência de vida e nosso desejo de criar uma existência cheia de significado são tesouros leves para carregar.

Roberto Shinyashiki

Felicidade não se ensina



As coisas não nasceram para dar certo, somos nós é que fazemos as coisas acontecerem, ou não.
Acredito que a gente tem que ter um foco a seguir, traçar metas, viver por elas. Ou morrer tentando. Jamais queimar etapas e saber reconhecer quando é a sua hora.

O Acaso é uma grande armadilha e destroi os sonhos fracos de pessoas que se acham fortes.
Não passar do tempo e nem chegar antes. Preparar o corpo, o espírito, estudar o tempo o espaço. Não ser escravo de nenhum dos dois.
Observar as coisas que interferem no seu dia e na sua noite. E saber entender que há aqueles sem sol e sem estrelas e que a vida não deve parar só por isso..
Ser gentil com as pessoas e consigo mesmo. E gentileza não tem nada a ver com fraqueza, pois, assim como um bom espadachim, é preciso ter elegância para ferir seus adversários.
O que adintanta uma boca grande e um coração pequeno? Nunca diga que faz, se não o faz.

Ame o teu ofício como uma religião, respeite suas convicções e as pratique de verdade, mesmo quando não tiver ninguém olhando. Milagres acontecem quando a gente vai à luta.
Pratique esportes como arremesso de olhar, beijo na boca, poema no ouvido dos outros, andar de mãos dadas com a pessoa amada, respirar o espaço alheio, abraçar sonhos impossíveis e elogios à distância. E,, em hipótese alguma, tente chegar em primiero. Chegar junto é melhor, até porque, o universo não distribue medalhas nem troféus.
Respeite as crianças, todas, inclusive aquela esquecida na sua memória. Sem crianças não há razão nenhuma para se acreditar num mundo melhor.
As crianças não são o futuro, elas são o presente, e se ainda não aprendemos com isso, somos nós, os adultos, é que tiramos zero na escola.
Ser feliz não quer dizer que não devemos estar revoltados com as coisas injustas que estão ao nosso redor, muito pelo contrário, ter uma causa verdadeira é uma alegria que poucos podem ter.

Por isso, sorrir enquanto luta, é uma forma de confundir os inimigos. Principalmente os que habitam nossos corações. E jamais se sujeite a ser carcereiro do sorriso alheio.
Não deixe que outras pessoas digam o que você deve ter, ou usar. Ter coisas é tão importante como não tê-las, mas é você quem deve decidir. Ter cartão de crédito é bom, porém, ter crédito nele tem um preço.

Se possível, aprecie as coisas simples da vida, vai que no futuro... Adeus pertences.

Esteja sempre disposto ao aprendizado, e não se esqueça que, quem já sabe tudo é porque não aprendeu nada.
As ruas são excelentes professoras de filosofia, pratique andar sobre elas.
Procure desvendar as máscaras do dia a dia, pois o segredo está no minúsculo - assim como um belo espetáculo do crepúsculo-, no pequeno gesto das formiguinhas esconde a grandeza a ser seguida pela humanidade.
Tenha amigos. Se não tem, seja. Eles virão.

Felicidade não se ensina, é uma magia, e o segredo está na disciplina de uma vida sem truques e sem fogos de artifícios.
E não acreditem em poetas. São pessoas tristes que vendem alegria
Sérgio Vaz


*do livro "literatura, pão e poesia" Global Editora


 

3 de outubro de 2014

Mulheres, amor não tem idade!

Por mais que os preconceitos terminem se transformando em barreiras e dificuldades na vida de muitas pessoas, é certo que não há nada mais limitante do que o preconceito consigo mesmo. Isto é, desejar algo, mas não conseguir aceitar esse desejo. Julgar a si mesmo e viver se criticando são posturas que geram conflitos e, na maioria das vezes, até tristeza.

E quando o assunto é relacionamento, sexo e amor, os preconceitos costumam ganhar ainda mais intensidade. São temas que, por si só, já suscitam sentimentos, muitas vezes, contraditórios e confusos. E a bola da vez é a diferença de idade entre o casal.

Quando a mulher é bem mais nova que o homem, parece haver uma tolerância interna maior, embora sempre haja espaço para interpretações equivocadas e críticas sem fundamento. Afinal, estamos falando de humanos - seres que têm a estranha mania de encontrar brechas para complicar o que poderia ser bem mais simples.

Agora, quando a mulher é bem mais velha que seu par, a tendência é que as cobranças e os medos roubem ainda mais a leveza das possibilidades. São elas -as mulheres- que, em geral, partem do pressuposto de que podem se dar mal. E tais pressupostos podem se tornar tão grandes a ponto de impedi-las de viver uma baita experiência amorosa.

Quer saber? Se você já se questionou se pode se dar mal ao se envolver com um homem bem mais jovem, a resposta é: com certeza! E sabe por quê? Porque qualquer pessoa, ao se envolver com alguém, seja de que idade for, pode ser dar mal ou... muito bem! Ou ainda, o que é mais provável, mal e bem ao mesmo tempo! Mas como saber se você não se permitir? Como saber se não viver? Quem disse que a vida dá garantias? Quem realmente pode prever? E, por fim, quem disse que o amor está a serviço de nos acomodar num lugar confortável e morninho para sempre?

Claro, em muitos momentos é assim que a gente vai se sentir quando está vivendo um gostoso encontro. E que bom! Mas que bom também que, na troca com o outro, a gente se depara com a necessidade de se rever, de se questionar, de se tornar mais flexível e de amadurecer. E digo mais: se você se apaixonou por alguém cujas características vão de encontro aos seus preconceitos sobre o que seja certo e errado, talvez esta seja sua grande chance de desistir de uma vidinha movida a dúvidas, regras e receios para se abrir ao surpreendente.

Não estou dizendo que você deve ignorar intuições e constatações sobre o outro que podem mesmo colocá-la em situações constrangedoras, tais como irresponsabilidade, falhas de caráter ou quaisquer outras que desmontam a sua essência, mas isso nada tem a ver com cronologia. O fato é que deixar de viver um relacionamento que pode ser 'tudo de bom' só porque o outro é muito mais jovem ou muito mais velho é se tornar refém de um relógio que nada marca sobre sentimentos, vida e amor. Um relógio que serve apenas para contar os anos de uma história que se desenrolou até chegar a este exato momento em que se enrosca numa outra história - a sua!

Se você está com medo de arriscar, sugiro que você se dê uma chance! Talvez, este seja o seu momento de reavaliar suas crenças e se questionar se você quer viver paralisada pelo medo ou se quer pagar para ver, correndo o sério risco de ser muito feliz, apesar de qualquer medo que persista! Porque se é genuíno, pode apostar que vale!

Rosana Braga

Relaxe: não há felicidade sem tristeza!

Parece óbvio o que canta Lulu Santos: "Não existiria som se não houvesse o silêncio. Não haveria luz se não fosse a escuridão. A vida é mesmo assim, dia e noite, não e sim...". Aliás, é mais do que óbvio. É fato! Nada existiria sem o seu oposto, porque a existência acontece a partir do contraste, da referência, do ponto de vista.

Mas ainda assim, insistimos em desejar felicidade plena. Queremos só alegria, só satisfação. E querer nem é o problema. Afinal, desejar tudo de bom da vida tem lá seu mérito. O problema mesmo é quando a gente se revolta com o que não é tão bom assim. Com o que não é gostoso de sentir.

Sim, tem muita gente se afundando em lamentações e reclamações, por tempo indeterminado e sem nenhuma busca de consciência, quando se depara com a frustração, a perda, a tristeza, o medo, a solidão. Não consegue compreender que tudo isso faz parte. Não percebe o encaixe das engrenagens que faz rodar e amadurecer a vida!

Não se trata de fugir do sofrimento. Nem de tomar posse dele sem que reste espaço para qualquer transformação. Não se trata de subtrair nem de multiplicar sentimentos. Trata-se de doer de modo tão autêntico e intenso quanto nos dispomos a nos alegrar. Trata-se de sentir, simplesmente. O que há para ser sentido. Agora, neste momento. Trata-se viver o que tem para hoje! Sem tornar estático ou definitivo o que quer que seja.

Sei que não é fácil, muitas vezes, suportar dores que parecem ser maiores que nós mesmos. Mas a sensação de que seremos engolidos pela dor também faz parte. E vai se tornando menor e menor e menor. E vai nos ensinando mais e mais e mais. Até que os machucados cicatrizem, as grossas cascas já não sirvam, e a gente se refaça. Mas o novo só é possível quando aprendemos a legitimar tudo o que sentimos.

Desejo que você respeite a sua dor tanto quanto se permita à sua felicidade. E que não queira abreviá-la para parecer forte. Nem prolongá-la para parecer mártir. Que apenas aprenda com ela. Que, sobretudo, dê-se conta de sua imensa fragilidade tanto quanto de sua maravilhosa capacidade de superação. E que, assim, repleto de humanidade, você possa se apoderar de tudo o que preenche o universo. Porque tudo - som e silêncio, luz e escuridão, dia e noite, não e sim - é sagrado!

Rosana Braga


 

28 de setembro de 2014

Diariamente

Diariamente eu chego a simples conclusão de que a vida é tão maravilhosa porque também é feita de colos, de feridas que cicatrizam, de amigos que celebram ou choram junto, de café coado com coador de pano, de gente que pega ônibus ou faz caminhada pela manhã, de quem planta o que se pode comer, de vizinhos que alimentam seus gatos com comida de gente.

Que a vida é feita de algumas pessoas que dir...
ecionam todo o seu potencial criativo para melhorar a qualidade de vida de gente que eles nem conhecem. Que é feita de e-mails que chegam recheados de saudade e de cartas extraviadas solitárias numa gaveta de um correio qualquer. De muros e pontes e cais. De aviões que suprimem distâncias e de barcos que chegam. De bicicletas que atravessam cidades. De redes que balançam gente. De rostos que recebem beijos. De bocas que beijam. De mãos que se dão.

Que existem pessoas altamente gostáveis, altamente rabugentas, altamente generosas, pessoas distraídas que perdem as coisas, mal educadas que buzinam sem necessidade, pessoas conectadas que se preocupam com o lixo, pessoas apaixonadas e apaixonantes, possíveis e impossíveis, pessoas que se entregam, pessoas que se privam, pessoas que machucam, pessoas que chegam pra curar; desencadeadores de poemas, de sorrisos, de lições de vida que ficarão guardadas para sempre..

A vida é tão maravilhosa porque ela nos compensa com ela mesma.

Marla de Queiroz

O mais importante ...

E que o mais importante seja o amor: ele mesmo, em estado bruto até a sofisticação da evolução de ambos. Aquele que está além da dimensão homem-mulher, mas que abrange primeiramente o amor próprio, o amor à vida, o amor ao que nos fortalece, reforça nossa esperança, que nos amadurece e deixa gratos. O amor por mais um dia, por mais uma vitória, pela aceitação que supera o que antes era só uma mane...ira de admitir, mas que não nos conduzia à plenitude do que realmente a existência reservou para nós. Amor que não depende, agrega. Que não subtrai, soma. Amor que não “embarulha”, mas soa feito melodia doce. Amor que respeita a individualidade antes e apesar de qualquer coisa. Amor que nos faz enxergar o Outro como ele é sem as distorções e anestesias da carência ou quaisquer coisas que alterem nossa percepção de mundo. Sentimento que descobrimos sem medo, à flor da pele, cientes de que temos todas as ferramentas para superar conflitos, frustrações e que podemos evoluir também no que é desconfortável. Amor construído para ser saudável: sem pressa, ansiedade ou impulso. Tranquilamente o nosso coração abraça o Outro com toda a sua bagagem de potencialidades desenvolvidas e limitações. E o parceiro acha morada ali, naquele abrigo de paz. Não o único abrigo de paz, apenas mais um deles. Porque nossa vida é composta por muitas outras pessoas, paisagens, sensações que não podem ser excludentes quando decidimos nos unir. Amor de querer bem. Amor de se cuidar. Amor que sabe a hora também de deixar ir...

Tem que ser simples para ser bom.
Que assim seja. Que seja SIM.

Marla de Queiroz

só Deus conhece...

Sim, tem dores ocultas aqui dentro que só Deus conhece...e só Ele deve conhecer...
Dores tratadas aos Seus pés, amenizadas pelo calor que só há em Seus abraços...
Essas são as mais profundas, onde só o Divino tem acesso...
Essas são as que ...demoram a sarar...mas saram, porque nenhuma chaga é tão duradoura quanto a misericórdia Dele...
E nesse entremeio, entre a dor e a cura, Ele sabiamente sussurra...
- Semeia paz moça, semeia por aí algum bem de amor...
E nessa lida, de sol a sol...engraçado...parece que as dores tão incômodas dão uma diminuída, uma amansada...
Parece que esse tal de bem de amor é poderoso mesmo...
Parece que tem efeito "bate e volta"...
A gente planta e depressa colhe...
Porque não tem mais tempo pra tantos ais...

Gi Stadnicki.

 

Eu sou Índio

Se o compartilhar, o dividir para somar, faz sentido para você...então de alguma forma, você é Índio.
Se você persiste na luta pela justiça e se apega à verdade como um farol...então de alguma forma, você é Índio.
Se a idéia de UNIDADE é su...a religião...então, creia...você é de um jeito ou de outro, Índio.
E, se ser Índio passa por compreender perfeitamente o significado de abrir a alma sem medos e simplesmente se importar com o que de fato importa...
Planeta...
Espiritualidade...
Natureza...
Humanidade...
Preservação...
Respeito...
Vida!
Então, é claro...eu sou Índio.
Se algo nisso tudo realmente lhe soa familiar... você não está só. Fazemos parte de uma tribo imensa, e com muitos membros ainda perdidos...
Grande Espírito...faze-os enxergar...
Que nos achemos!
E salvemos as esperanças deste mundo que agoniza.

Gi Stadnicki.

 

Todo mundo pode sempre...

Ah sim, todo mundo pode ser um tiquinho melhor a cada dia...
Pode falar algo bom de alguém, por exemplo!
Ou permanecer em silêncio quando mil línguas se dispõem a "crucificar" seja quem for.
Pode defen...der de vez em quando, nas muitas vezes que a justiça não é sequer cogitada...
Pode fazer sua parte, e reclamar menos...
Muito do que não funciona no mundo, não é culpa do outro, é nossa. Pense bem.
Tecer um elogio, ao invés de uma intriga...não custa nada...não vai acabar o mundo se reconhecermos o valor de alguém e expusermos isso de alguma forma.
Todo mundo pode sempre, de algum jeito, direta ou indiretamente, ajudar, e muito!
Todos temos grandes poderes de transformação e cura para servir à humanidade...
Comecemos em nós...na reestruturação de nossos ímpetos, na correção de nossas manias sem graça, de "botar o outro para baixo".
Tudo isso, claro, com o exercício diário da boa vontade! Essa coisa linda que faz o olho brilhar...
E se derrama toda em esperança, luz e amor.
E transforma, de verdade, velhos cenários...porque transforma vidas.

Bem aventurados os de boa vontade!


Gi Stadnicki.

19 de setembro de 2014

Escutatória

Rubem Alves




Escutatória

Sempre vejo anunciados cursos de oratória.

Nunca vi anunciado curso de escutatória.

Todo mundo quer aprender a falar...

Ninguém quer aprender a ouvir.

Pensei em oferecer um curso de escutatória,
mas acho que ninguém vai se matricular.

Escutar é complicado e sutil.

Diz Alberto Caeiro que... Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores.

É preciso também não ter filosofia nenhuma.

Filosofia é um monte de idéias,
dentro da cabeça,
sobre como são as coisas.

Para se ver,
é preciso que a cabeça esteja vazia.

Parafraseio o Alberto Caeiro:
Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito.

É preciso também que haja silêncio dentro da alma.

Daí a dificuldade:
A gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor...
Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer.

Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração...
E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer,
que é muito melhor.

Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade.

No fundo, somos os mais bonitos...

Tenho um velho amigo,
Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64.

Contou-me de sua experiência com os índios:
Reunidos os participantes, ninguém fala.

Há um longo, longo silêncio.

Vejam a semelhança...

Os pianistas,
por exemplo,
antes de iniciar o concerto,
diante do piano,
ficam assentados em silêncio...

Abrindo vazios de silêncio...

Expulsando todas as idéias estranhas.

Todos em silêncio,
à espera do pensamento essencial.

Aí, de repente, alguém fala.

Curto.

Todos ouvem.

Terminada a fala,
novo silêncio.

Falar logo em seguida seria um grande desrespeito,
pois o outro falou os seus pensamentos...

Pensamentos que ele julgava essenciais.

São-me estranhos.

É preciso tempo para entender o que o outro falou.

Se eu falar logo a seguir...

São duas as possibilidades.

Primeira: Fiquei em silêncio só por delicadeza.

Na verdade, não ouvi o que você falou.

Enquanto você falava,
eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala.

Falo como se você não tivesse falado.

Segunda: Ouvi o que você falou.

Mas,
isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo.

É coisa velha para mim.

Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.

Em ambos os casos,
estou chamando o outro de tolo.

O que é pior que uma bofetada.

O longo silêncio quer dizer:
Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.

E, assim vai a reunião.

Não basta o silêncio de fora.

É preciso silêncio dentro.

Ausência de pensamentos.

E aí,
quando se faz o silêncio dentro,
a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.

Eu comecei a ouvir.

Fernando Pessoa conhecia a experiência...

E, se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras...

No lugar onde não há palavras.

A música acontece no silêncio.

A alma é uma catedral submersa.

No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada.

Somos todos olhos e ouvidos.

Aí,
livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia,
ouvimos a melodia que não havia...
Que de tão linda nos faz chorar.

Para mim, Deus é isto:
A beleza que se ouve no silêncio.

Daí a importância de saber ouvir os outros:
A beleza mora lá também.

Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.

Diferente passagens

Se você abre uma porta, você pode ou não entrar em uma nova sala.
Você pode não entrar e ficar observando a vida.
Mas se você vence a dúvida,o temor,e entra,dá um grande passo:nesta sala vive-se !
Mas, também, tem um preço...
São inúmeras outras portas que você descobre.
Às vezes curte-se mil e uma.
O grande segredo é saber quando e qual porta deve ser aberta.
A vida não é rigorosa, ela propicia erros e acertos.
Os erros podem ser transformados em acertos quando com eles se aprende.
Não existe a segurança do acerto eterno.
A vida é generosa,a cada sala que se vive,
descobre-se tantas outras portas.
E a vida enriquece quem se arrisca a abrir novas portas.
Ela privilegia quem descobre seus segredos e generosamente oferece afortunadas portas.
Mas a vida também pode ser dura e severa.
Se você não ultrapassar a porta, terá sempre a mesma porta pela frente.
É a repetição perante a criação,
é a monotonia monocromática perante a multiplicidade das cores,
é a estagnação da vida...
Para a vida, as portas não são obstáculos, mas diferentes passagens!

IÇAMI TIBA

Pensamentos positivos



"Mantenha seus pensamentos positivos, porque seus pensamentos tornam-se suas palavras. Mantenha suas palavras positivas, porque suas palavras tornam-se suas atitudes. Mantenha suas atitudes positivas, porque suas atitudes tornam-se seus hábitos. Mantenha seus hábitos positivos, porque seus hábitos tornam-se seus valores. Mantenha seus valores positivos, porque seus valores... Tornam-se seu destino".

Mahatma Gandhi

Um passo...



Dê apenas um passo por mim...
Eu prometo que caminho todo o resto com você!
Caio Fernando Abreu

Delícia...


16 de agosto de 2014

PESSOAS DE LUZ TAMBÉM SÃO ANJOS

Acredito na força de alma e na bondade de coração!
Existem pessoas que fazem de sua existência a missão de levar o amor e esperança para aqueles que as rodeiam.
Sorriem quando tudo parece acabado... persistem quando todos já desanimaram... levantam e vão adiante quando parecem já não haver caminhos!
São pessoas de luz que enchem os corações de fé e alegria! São seres iluminados trazendo um abraço terno e um afago sincero aos que necessitam de ajuda... E quem nunca precisou ?
Quantas vezes nos vemos em situações desesperadoras, com uma enorme sensação de abandono e de que ninguém no mundo poderá nos ouvir e nos acalmar Somos seres limitados, cheios de medo e inseguranças, mas sempre poderemos encontrar ajuda se acreditarmos na força superior, na força divina!
Haverá alguém olhando por nós em todos os instantes de nossas vidas e, quando mais precisarmos de uma presença consoladora, nosso anjo responderá... O amor é claro e transparente, mas só o enxerga quem consegue ver com o coração. As coisas boas da vida estão aí, todos os dias, bem diante de nossos olhos, mas quantas vezes passamos por elas sem nos darmos conta de que foram feitas para nós Quantas vezes ignoramos a presença dos anjos.
Atribuímos nossa felicidade à sorte, mas esquecemos dos detalhes, esquecemos dos menores gestos daqueles que nos amam. Esperamos sempre por um ato heróico, por uma demonstração gigantesca de amor... e como não as temos, estamos sempre insatisfeitos e esperando por algo que não merecemos...
Quando você estiver triste, sentido-se sozinho e precisando de ajuda, preste atenção nas intenções das pessoas, no desejo que cada um tem de lhe ver feliz, no seu próprio desejo de ser feliz! Muitas pessoas já se renderam às demonstrações angelicais e guardam histórias magníficas de sua presença.
Converse com pessoas comuns, que levam vidas normais, sem luxo e sem dinheiro, mas que conseguem enxergar muito além do que seus olhos podem ver... conseguem quebrar as barreiras do inexplicável e compreender que nem tudo tem lógica ou "porque" ... A vida também é feita de sentimentos e esses, jamais poderão ser explicados, porque estão muito além da razão, ocupam um espaço mágico que só os gigantes de coração podem alcançar!
Rosana Braga


 

10 de agosto de 2014

Você é Luz ....

Sozinhos,
somos estrelas que cintilam......
Juntos,
compomos o Corpo de Luz deste Planeta.
Trazemos na memória o amor e as conquistas
de nossas caminhadas...

Por que temer?

É chegada a hora de "ouvir"
as nossas vibrações pessoais...
Cada um... ouça o seu som!!!
Sinta a sua Luz!
Perceba a Verdade que habita seu coração.
Sinta o seu propósito ao longo das eras...
Sozinhos,
somos estrelas que cintilam...
Juntos,
compomos o Corpo de Luz deste Planeta.
Trazemos na memória o amor e as conquistas
de nossas caminhadas...

Por que temer?

É chegada a hora de "ouvir"
as nossas vibrações pessoais...
Cada um... ouça o seu som!!!
Sinta a sua Luz!
Perceba a Verdade que habita seu coração.
Sinta o seu propósito ao longo das eras...

Aquiete-se!

"Ouça" as estrelas...
O universo está aí...
bem dentro de você!!!
Cada astro, cada estrela,
cada lua, cada sol... tem o seu lugar.

Há mais vida,
há mais organização do que suspeitamos...
É hora de mostrar ao mundo a sua Luz.
De fazer vibrar o seu som...
É hora de contribuir para o Plano Maior!
Por um mundo melhor...

Rituais de passagens são
movimentos de renovação
e de silenciosas transformações...
Deixe-se levar por seu coração.
Ele sabe o caminho...
Deixe a luz penetrar...
Inspire a força que vem do Cosmos,
erga a cabeça e caminhe,
guiado pela Verdade.
E seja pleno, feliz, pois você é...
filho amado de Deus!!!

Desconheço a Autoria  

9 de agosto de 2014

Manual de conservar caminhos



O caminho começa em uma encruzilhada.Ali você pode parar e pensar em que direção seguir. Mas não fique muito tempo pensando, ou jamais sairá do lugar. Faça a clássica de Castañeda: qual destes caminhos tem um coração? Reflita bastante sobre as escolhas que estão adiante, mas uma vez dado o primeiro passo, esqueça definitivamente a encruzilhada, ou sempre ficará sendo torturado pela inútil pergunta: “será que escolhi o caminho certo?” Se você escutou seu coração antes de fazer o primeiro movimento, você escolheu o caminho certo.

O caminho não dura para sempreÉ uma benção percorrê-lo durante algum tempo, mas um dia ele irá terminar, portanto esteja sempre pronto para despedir-se a qualquer momento. Por mais que você fique deslumbrado por certas paisagens, ou assustado com algumas partes onde é necessário muito esforço para seguir adiante, não se apegue a nada. Nem às horas de euforia, nem aos intermináveis dias onde tudo parece difícil, e o progresso é lento. Cedo ou tarde um anjo virá, e sua jornada chega ao final, não esqueça.

 Cuide do caminho, antes de cuidar do que está a sua volta: atenção e concentração são fundamentais. Não se deixe distrair pelas folhas secas que estão nas margens, ou pela maneira como os outros estão cuidando dos seus caminhos. Use sua energia para cuidar e conservar o chão que acolhe seus passos.

Tenha paciência. Às vezes é preciso repetir as mesmas tarefas, como arrancar ervas daninhas ou fechar buracos que surgiram depois de uma chuva inesperada. Não se aborreça com isso, faz parte da viagem. Mesmo cansado, mesmo com certas tarefas repetitivas, tenha paciência.

Os caminhos se cruzam: as pessoas podem dizer como está o tempo. Escute os conselhos, tome suas próprias decisões. Só você é responsável pelo caminho que lhe foi confiado.

A natureza segue suas próprias regras: desta maneira, você tem que estar preparado para súbitas mudanças do outono, o gelo escorregadio no inverno, as tentações das flores na primavera, a sede e as chuvas de verão. Em cada uma destas estações, aproveite o que há de melhor, e não reclame das suas características.

Faça do seu caminho um espelho de si mesmo: não se deixe de maneira nenhuma influenciar pela maneira como os outros cuidam de seus caminhos. Você tem sua alma para escutar, e os pássaros para contar o que sua alma está dizendo. Que suas histórias sejam belas e agradem tudo que está a sua volta. Sobretudo, que as histórias que sua alma conta durante a jornada sejam refletidas em cada segundo de percurso.

Ame seu caminho: sem isso, nada faz sentido.


Paulo Coelho

6 de agosto de 2014

Não me falta nada para ser feliz…”



“Atraímos para nossa vida tudo que acreditamos, e quanto mais força têm nossas crenças mais elas criam nossa realidade… mas, mesmo sabendo da força das nossas crenças na criação da nossa realidade porque, na maior parte das vezes, não conseguimos criar uma realidade mais feliz em sintonia com o que queremos?

A maior parte das nossas crenças são inconscientes e trabalham criando, muitas vezes, o oposto daquilo que gostaríamos para nossas vidas… Sabemos que o Universo manifesta mais e mais daquilo em que colocamos nosso foco com mais intensidade, mas, infelizmente, as coisas que nos puxam para baixo geralmente ganham muito mais a nossa atenção do que aquelas que nos puxam para cima e levantam nosso astral.

É muito comum a gente ver uma pessoa que acabou de receber uma bênção, seja em que área for, e, ao invés de aproveitar e viver o momento de felicidade, prefere ir para o futuro e se preocupar pensando se aquilo vai durar… se vai acontecer alguma coisa errada que vai atrapalhar, ou até mesmo no meio das coisas boas que se manifestam, buscar uma coisa, mesmo que pequena, que seja motivo de reclamação… E com isso, muitas vezes, as bênçãos acabam se transformando em preocupação e estresse.

Somos mais viciados em reclamar do que imaginamos… Mais viciados em ser vítimas que, quando algo nos tira dessa posição, dando-nos motivos para comemorar e agradecer, logo damos um jeitinho de mostrar a todos que as coisas não estão tão bem assim…

Passamos a vida querendo adquirir coisas e vamos enchendo nossos armários, nossa mente, nosso coração, mas parece que, quando conquistamos o que queremos, aquilo já deixa de ter valor e passamos para outro objetivo sem nos darmos conta que temos muito a agradecer… Enfatizamos mais o que falta do que o que já alcançamos… Colocamos mais nosso foco no que falta do que no que temos a agradecer e, com isso, continuamos a criar mais e mais situações de falta…

A gratidão é sempre algo muito positivo e quanto mais agradecemos, mais motivos aparecerão para sermos gratos…

E, sabendo disso, volta e meia, quando não me sinto bem, começo a agradecer pelas coisas boas que tenho na vida, e olha que não são poucas, mas parece que temos o vicio de só valorizar o que não temos ou o que não está dando certo e dar pouco valor ao que temos, afinal, é só olhar ao nosso redor, nas noticias que nos chegam pelos vários meios de comunicação e isso fica fácil de perceber… Sempre é dada uma ênfase muito maior ao que está ruim do que ao que está dando certo… Parece que temos um medo enorme de ser feliz e nossas crenças inconscientes vão nos mantendo nesses caminhos da falta…

Ontem cedo, acordei um pouco sem ânimo, com uma certa tristeza sem motivo aparente… Mas ainda bem que logo me lembrei da gratidão e comecei a agradecer pelas coisas boas que tenho… Fazendo uma lista e agradecendo, reconhecendo o tanto de coisas que tenho e que sou grata por isso…
Foi quando uma voz interior me orientou a ir mais profundo na gratidão… E a cada coisa que tinha motivos de ser grata, me vi reconhecendo mais profundamente que aquilo era algo que realmente tinha motivos para agradecer… Acreditando… E assim fui fazendo, devagar, com cada coisa, ao invés de só listar o que tenho a agradecer fui mergulhando em cada uma e sentindo bem no fundo do coração a gratidão e os motivos pelos quais sou grata…

Uma energia boa e acolhedora foi chegando e tomando conta daquele estado em que acordei… Senti um alivio na minha garganta e no coração… E os motivos a agradecer pelas muitas bênçãos que tenho na minha vida eram muito mais reais e palpáveis…
E me pareceu que tudo estava bem como estava… que no aqui e agora não me falta nada para ser feliz…”

Rubia A. Dantés

 

4 de agosto de 2014

Viva a vida

 
“Por muito tempo eu pensei que a minha vida fosse se tornar uma vida de verdade.
Mas sempre havia um obstáculo no caminho, algo a ser ultrapassado antes de começar a viver.
Um trabalho não terminado, uma conta a ser paga.
Aí sim, a vida de verdade começaria.
Por fim, cheguei a conclusão de que esses obstáculos eram a minha vida de verdade.
Essa perspectiva tem me ajudado a ver que não existe um caminho para a felicidade.
A felicidade é o caminho!
Assim, aproveite todos os momentos que você tem. E aproveite-os mais se você tem alguém especial para compartilhar, especial o suficiente para passar seu tempo; e lembre-se que o tempo não espera ninguém.
Portanto, pare de esperar até que você termine a faculdade;
até que você volte para a faculdade;
até que você perca 5 quilos;
até que você ganhe 5 quilos;
até que você tenha tido filhos;
até que seus filhos tenham saído de casa;
até que você se case;
até que você se divorcie;
até sexta à noite;
até segunda de manhã;
até que você tenha comprado um carro ou uma casa nova;
até que seu carro ou sua casa tenham sido pagos;
até o próximo verão, outono, inverno;
até que você esteja aposentado;
até que a sua música toque;
…não há hora melhor para ser feliz do que AGORA MESMO….
Lembre-se: Felicidade é uma viagem, não um destino”
Alfred Henfil
 
 

Não existe dia ruim…



“Não existe dia ruim. Sempre há chance do dia ser feliz.
Mesmo que seja tarde. Mesmo que seja de madrugada.
Uma gentileza salva o dia.
Um bife milanesa salva o dia.
Uma gola branca e engomada salva o dia.
Uma emoção involuntária salva o dia.

Nunca o dia está inteiramente perdido.
Não devemos acreditar que uma tristeza chama a outra, que se algo acontece de errado tudo então vai dar errado.
Lei de Murphy não foi aprovada pela Câmara dos Deputados.


Confio no improviso, na casualidade, no movimento das cortinas na janela.

Até o último minuto antes da meia-noite, você pode resgatar o contentamento.
É uma gargalhada do filho diante da papinha, transformando a cadeira num imenso prato.
É algum amigo telefonando para confessar saudade.
É sua mulher procurando beijar a orelha mandando sinais de seu desejo.
É o barulho da chuva na calha, é o estardalhaço do sol na varanda.
É encontrar – iniciando na tevê – um filme que adora e já assistiu cinco vezes.
É oferecer colo ao seu gato.
É planejar uma viagem de férias.
É terminar um livro que abandonou pela metade.
É ouvir sua coleção de LPs da adolescência.
É comprar uma calça jeans em promoção.
É adormecer no sofá e receber a coberta silenciosa de sua companhia.
É a possibilidade feminina de passar um batom e pintar as unhas.
É possibilidade masculina de devolver a bola quando ela sobe a cerca num jogo de crianças.

A felicidade é pobre. A felicidade precisa de apenas um abraço bem feito.

Sigo esperançoso.
Não coleciono tragédias.
Sofro e apago.
Sofro e mudo de assunto, abro espaço para palavras novas, para lembranças novas.

Vejo o esforço da abelha tentando sair do vidro e não sou melhor do que ela.
Vejo o esforço da formiga carregando uma casca de laranja e não sou melhor do que ela.
Viver é esforço e nos traz a paz de sonhar – querer não fazer nada é que cansa.

Não existe dia que não ganhe conserto.
Não existe dia morto, dia de todo inútil.

Não desista da alegria somente porque ela se atrasou.
Pode ter recebido esporro do chefe, ainda assim a hora está aberta.
Comer um picolé de limão é capaz de restituir sua infância.

Não encerre o expediente com o escuro do céu.
Pode não ter grana para pagar as contas e ter que escolher o que é menos importante para adiar, ainda assim é possível se divertir com o cachorro carregando seu chinelo para o quarto.

Quando acordo com o pé esquerdo, sou canhoto.
Não existe dia derrotado.”

Fabrício Carpinejar

 

 

3 de agosto de 2014

Caminho percorrido



“Está vendo o caminho percorrido? Entre quedas e tropeços, subidas e descidas, momentos bons e ruins, chegamos até aqui.

Vivemos histórias que não pertencem a ninguém mais. Guardamos na memória fatos que máquina nenhuma no mundo conseguirá revelar: fazem parte das nossas lembranças, nossos passos e da pessoa única que somos.

Mas, infelizmente, temos o hábito de guardar cicatrizes do que nos fez infelizes e olharmos como uma lembrança distante e apagada o que nos deu alegria. É possível ressentir uma grande dor com grande intensidade, trazendo à tona as mesmas emoções vividas, mas como é difícil ressentir do mesmo jeito uma felicidade que um dia nos fez vibrar!

O ideal seria inverter as situações. Guardar na pele e na alma cicatrizes do que nos fez bem e nos lembrar do mal sem muita nitidez. Guardar das pessoas o lado bom, o bem que nos fizeram e o que de bom vivemos juntos. Talvez devesse constar com mais frequência as palavras “perdão” e “compreensão” no nosso dicionário.

De vez em quando, digo, olhe para trás! Mas não se volte completamente. Olhe apenas o bastante para se lembrar das suas lições para que estas te sirvam no presente. Não lamente o que ficou, o que fez ou deixou de fazer. O que é importante seu coração carrega.

Olhe diante de si! Há esse véu encobrindo o que virá, deixando entrever apenas o que seus sonhos permitem. Mas existe dentro de você uma sabedoria de alguém que desbravou alguns anos da história. Existe dentro de você uma força que te torna capaz!

O dia chega insistente como as marés do oceano. Às vezes calmo, outras turbulento, mas presente sempre. Vivo sempre. Cada noite dormida é uma vitória, cada manhã, um novo desafio. E você nunca está sozinho, mesmo quando se sente solitário. Todo o seu passado está gravado em você, como gravadas estão as pessoas que você amou.

Levante esse véu pouquinho a pouquinho a cada amanhecer; sem pressa, saboreando a vida como uma aventura, nem sempre como um mar calmo e tranquilo, mas possível, muito possivelmente vitoriosa… Construa hoje as suas marcas de amanhã…”

Letícia Thompson



 
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Será que vamos deixar passar mais uma oportunidade…



“Nossa história pessoal vem sempre com alguns desafios que, conforme os olhamos, podem se transformar em dramas infindáveis que passam a ser a justificativa pela qual as coisas não podem dar certo em determinados pontos da nossa vida ou… uma grande oportunidade de crescimento e de sucesso.
Só que, muitas vezes, escolhemos olhar para esses desafios com uma visão equivocada que nos coloca como vítima das situações, levando-nos a alimentar nossos dramas pessoais que se tornam cada vez mais ricos em histórias que nunca têm um final feliz… eles serão sempre a justificativa perfeita para explicar o porquê de nossas vidas não darem certo…
Quantas vezes vemos pessoas contando e recontando os dramas da infância ou adolescência que foram a causa da infelicidade e da não realização como adultos… sem perceber que recontar o sofrimento passa a ser a única fonte que alimenta e dá emoção a uma vida que ficou presa em histórias onde a vítima é o personagem principal…
Ao alimentar nossos dramas, acabamos nos confundindo tanto com eles que eles se repetem incontáveis vezes… a cada repetição, colocamos mais lenha em uma fogueira para mantê-la acesa, sem nem perceber que… essa fogueira está queimando nossos sonhos e possibilidades de uma nova vida.
Não viemos aqui para perpetuar uma peça onde a vítima é sempre o principal personagem… viemos aqui para superar e crescer com os obstáculos que nós mesmos colocamos nos nossos caminhos para nos proporcionar o aprendizado que precisamos para chegarmos a nós mesmos.
Se vamos nos fechar em um casulo que se torna cada vez mais apertado ou se vamos sair desse casulo para um voo de liberdade é sempre uma escolha nossa e… uma escolha que podemos fazer a cada momento… nunca é tarde para renascer para uma vida nova e… sempre temos tudo que precisamos para dar o salto que vai nos liberar dos nossos dramas.
Se olharmos para nossas vidas como uma mapa que nos leva a quem verdadeiramente somos, vamos entender que nesse caminhar, onde as estradas nem sempre estão prontas, e que os obstáculos e desafios na verdade não são para nos parar e impedir de seguir o caminho, mas… são pontos onde temos a oportunidade de nos fortalecer com uma energia que necessitamos para seguir em frente.
Cada desafio que enfrentamos, e tiramos o aprendizado necessário, torna-nos mais fortes e aptos para ir além, sempre um pouco mais inteiros…
Não importa o tempo que nossos dramas nos prenderam e o quanto eles nos pareçam mais sofridos e mais difíceis de superar que os do outro… Eles são exatamente o que precisamos e está tudo certo como está… ninguém vive o que não tem que viver e a grande diferença não é o tamanho do desafio, mas, o olhar que temos sobre ele… Se o vemos como algo que nos impede de caminhar ou como algo que vai nos dar força para vencer os próximos passos nessa estrada que escolhemos percorrer aqui na Terra.
Chega de dramas… vamos focar na oportunidade que eles nos oferecem e aproveitar a chance de poder estar aqui e agora evoluindo e vivendo o novo que esse tempo nos oferece…
Podemos perceber que, quando damos um passinho bem pequeno que seja na direção de superá-los, o Universo nos pega no colo, sempre nos mostrando que é por aí que devemos seguir…
A gratidão a cada passo faz com que tenhamos cada vez mais motivos para agradecer…
Será que vamos deixar passar mais uma oportunidade… ou vamos nos vestir com nossa coragem e avançar mais um passo para ir além?”

Rubia A. Dantés

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