E que o mais importante seja o amor: ele mesmo, em estado bruto até a sofisticação da evolução de ambos. Aquele que está além da dimensão homem-mulher, mas que abrange primeiramente o amor próprio, o amor à vida, o amor ao que nos fortalece, reforça nossa esperança, que nos amadurece e deixa gratos. O amor por mais um dia, por mais uma vitória, pela aceitação que supera o que antes era só uma mane...ira de admitir, mas que não nos conduzia à plenitude do que realmente a existência reservou para nós. Amor que não depende, agrega. Que não subtrai, soma. Amor que não “embarulha”, mas soa feito melodia doce. Amor que respeita a individualidade antes e apesar de qualquer coisa. Amor que nos faz enxergar o Outro como ele é sem as distorções e anestesias da carência ou quaisquer coisas que alterem nossa percepção de mundo. Sentimento que descobrimos sem medo, à flor da pele, cientes de que temos todas as ferramentas para superar conflitos, frustrações e que podemos evoluir também no que é desconfortável. Amor construído para ser saudável: sem pressa, ansiedade ou impulso. Tranquilamente o nosso coração abraça o Outro com toda a sua bagagem de potencialidades desenvolvidas e limitações. E o parceiro acha morada ali, naquele abrigo de paz. Não o único abrigo de paz, apenas mais um deles. Porque nossa vida é composta por muitas outras pessoas, paisagens, sensações que não podem ser excludentes quando decidimos nos unir. Amor de querer bem. Amor de se cuidar. Amor que sabe a hora também de deixar ir...
Tem que ser simples para ser bom.
Que assim seja. Que seja SIM.
Marla de Queiroz
Tem que ser simples para ser bom.
Que assim seja. Que seja SIM.
Marla de Queiroz
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