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Um passo em frente nesta longa escadaria rumo a um sentimento de concretização pessoal. Sou, na minha essência, a mesma... mas visto-me mais de acordo com uma filosofia que é minha, que tomo como minha. Aquela que me autoriza a errar, a arriscar, a ser uma mente aberta, a pagar preços altos pelo que, para mim, faz todo o sentido... momentos de felicidade!

Meu Mundo

"Não sou para todos. Gosto muito do meu mundinho. Ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas. Às vezes tem um céu azul, outras tempestades. Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos. Mas não cabe muita gente. Todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso... São necessárias!" ***Caio F. Abreu

28 de fevereiro de 2019

O pássaro encantado

Essa é a história de uma menina e de um pássaro encantado que se apaixonaram. O pássaro voava para longe e voltava sempre, contando histórias de onde passou. Sofrendo com as constantes partidas do amado, a menina resolveu prende-lo. Engaiolado, o pássaro mudou. Perdeu as cores nas asas; ficou sem canto.
A menina também se entristeceu e acabou por abrir a gaiola. O pássaro agradeceu e partiu e ela passou a ver o mundo como um lugar encantado. Começou a se enfeitar e a se fazer bela, sempre à espera de um reencontro.


As pessoas que não sabem viver sozinhas estão o tempo todo mendigando aprovação das outras. É preciso aprender a viver só, aprender a fazer silêncio, para poder conviver com o outro, porque dentro de cada um mora uma grande solidão.
Há um lugar dentro da gente que ninguém vai, somente nós. E nem nós mesmos sabemos como é esse lugar. Então temos que aprender a respeitar a solidão do outro e a nossa própria solidão. Há pessoas que não suportam a solidão do outro, acham que, quando o outro quer ficar sozinho, é uma indicação de que ele não está amando.
Rubem Alves

NÃO TERMINE A RELAÇÃO PELO OUTRO

Se o outro não tem coragem de terminar a relação, não faça o trabalho no lugar dele.

Não seja mãe do fim, não levante as palavras em aviãozinho para a boca dele. Não corte a carne em pedacinhos para que ele possa digerir mais rápido.

Não facilite o que deve ser mesmo difícil. Toda despedida é penosa e depende de rituais. Os rituais simbolizam o respeito pelo tempo da convivência e pela história dos dois.

Não atalhe o silêncio, não forneça explicações, não justifique o que não foi dito, não dê motivos, não tente ler os pensamentos, não traduza, não recorra à leitura de sinais, não interprete os gestos, não psicanalise, não busque a telepatia. Simplesmente não assuma o papel dele mais uma vez.

É humilhante dar o fora em si. Dispense essa cena.

É ele que quer acabar, deixe que encontre as frases, o momento, a brecha. Que ele se desespere no espelho treinando o roteiro e em sua frente fugindo dos seus olhos.

Quem contou com valentia para começar o romance terá que encontrar igual dignidade para o desfecho.

Mas se você é que está infeliz, sofrendo silenciosamente, amargando desamor, o ponto final é somente seu, não espere a aprovação alheia ou que a companhia tome a iniciativa. Lutar pelo seu sentimento é sempre expressá-lo.

Fabrício Carpinejar