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Um passo em frente nesta longa escadaria rumo a um sentimento de concretização pessoal. Sou, na minha essência, a mesma... mas visto-me mais de acordo com uma filosofia que é minha, que tomo como minha. Aquela que me autoriza a errar, a arriscar, a ser uma mente aberta, a pagar preços altos pelo que, para mim, faz todo o sentido... momentos de felicidade!

Meu Mundo

"Não sou para todos. Gosto muito do meu mundinho. Ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas. Às vezes tem um céu azul, outras tempestades. Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos. Mas não cabe muita gente. Todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso... São necessárias!" ***Caio F. Abreu

25 de outubro de 2014

Aos que não casaram, Aos que vão...

Aos que não casaram,
Aos que vão casar,
Aos que acabaram de casar,
Aos que pensam em se separar,
Aos que acabaram de se separar....
Aos que pensam em voltar...

Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja.
O AMOR É ÚNICO,
como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.

A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue,
A SEDUÇÃO
tem que ser ininterrupta...

Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança, acabamos por sepultar uma relação que poderia
SER ETERNA

Casaram. Te amo pra lá, te amo pra cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas.
Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes, nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja, antes de mais nada,
RESPEITO.
Agressões zero.

Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência... Amor só, não basta. Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura, para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver
BOM HUMOR
para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.
Tem que saber levar.

Amar só é pouco.
Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas para pagar.
Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar.
Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.

Entre casais que se unem , visando à longevidade do matrimônio, tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um.
Tem que haver confiança. Certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão.
E que amar "solamente", não basta.

Entre homens e mulheres que acham que
O AMOR É SÓ POESIA,
tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado.

O amor é grande, mas não são dois.
Tem que saber se aquele amor faz bem ou não, se não fizer bem, não é amor. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.
O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.

Um bom Amor aos que já têm!
Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!
Artur da Távola

13 de outubro de 2014

ALMAS QUE SE ENCONTRAM

Dizem que para o amor chegar não há dia, não há hora, nem momento marcado para acontecer. Ele vem de repente e se instala no mais sensível dos nossos órgãos, o coração.
Começo a acreditar que sim. Mas percebo também que pelo fato deste momento não ser determinado pelas pessoas, quando chega, quase sempre
os sintomas são arrebatadores. Vira tudo às avessas e a bagunça feliz se faz instalada. Quando duas almas se encontram o que realça primeiro não é a aparência fisica, mas a semelhança d'almas. Elas se compreendem e sentem falta uma da outra.
Se entristecem por não terem se encontrado antes, afinal tudo poderia ser tão diferente. No entanto sabem que o caminho é este e que não haverá retorno para as suas pretensões. É como se elas falassem além das palavras, entendessem a tristeza do outro, a alegria, o desejo, mesmo estando em lugares diferentes. Quando almas afins se entrelaçam passam a sentir saudade uma da outra num processo
contínuo de reaproximação até a consumação.
Almas que se encontram podem sofrer bastante também, pois muitas vezes tais encontros acontecem em momentos onde não mais podem extravasar toda a plenitude do amor que carregam, toda a alegria de amar e querer compartilhar a vida com o outro, toda a emoção contida à espera do encontro fatal.
Desejam coisas que se tornam quase impossíveis, mas que são tão simples de viver. Como ver o pôr-do-sol, caminhar por uma estrada com
lindas árvores, ver a noite chegar, ir ao cinema e comer pipocas, rir e brincar, brigar às vezes, mas fazer as pazes com um jeitinho muito especial.
Amar e amar, muitas vezes sabendo que logo depois poderão estar juntas de novo sem que a despedida se faça presente. Porém muitas vezes elas se encontram em um
tempo e em um espaço diferentes do que suas realidades possam permitir.
Mas depois que se encontram ficam marcadas, tatuadas e ainda que nunca venham a caminhar para sempre juntas, elas jamais conseguirão se separar. E o mais importante: terão de se encontrar em algum lugar.
Almas que se encontram jamais se sentirão sozinhas porquanto entenderão, por si só, a infinita necessidade que têm uma da outra para toda a eternidade...


Por Edson Pessel

4 de outubro de 2014

Ser Transparente...

Ser Transparente...
Ás vezes, fico me perguntando por que é tão difícil ser transparente...
Ser Transparente...
Costumamos acreditar que Ser Transparente é simplesmente ser sincero, não enganar os outros.
Mas "Ser Transparente" é muito mais do que isso...
É ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que a gente sente...
Ser transparente é desnudar a alma, é deixar cair as "máscaras", baixar as armas,...Destruir os imensos e grossos muros que insistimos tanto em nos empenhar para levantar...
Ser transparente é permitir que toda a nossa doçura aflore, desabroche, transborde...
Mas, infelizmente, quase sempre, a maioria de nós decide não correr esse risco. Preferimos a dureza da razão à leveza que exporia toda a fragilidade humana....
Preferimos o "nó na garganta" às lágrimas que brotam do mais profundo de nosso ser...
Preferimos nos perder numa busca insana por respostas imediatas a simplesmente nos entregar diante de Deus e admitir que não sabemos, que temos medo!
Por mais doloroso que seja ter de construir uma ‘máscara’ que nos distancia cada vez mais de quem realmente somos e até do nosso Deus... preferimos assim: manter uma imagem que nos dê a sensação de proteção...
E assim vamos nos afogando mais e mais em falsas palavras, em falsas atitudes, em falsos sentimentos...
Não porque sejamos pessoas mentirosas!...
Mas porque, como folhas secas, nos perdemos de nós mesmos e já não sabemos onde está nossa brandura, nosso amor mais intenso e não-contaminado...
Com o passar dos anos, um vazio frio e escuro nos faz perceber que já não sabemos dar e nem pedir o que de mais precioso temos a compartilhar com os irmãos... doçura, compaixão... compreensão...
...de que todos nós sofremos e às vezes nos sentimos sós, imensamente tristes e choramos baixinho antes de dormir...
Num silêncio que nos remete à saudade de "nós mesmos"...daquilo que pulsa e grita dentro de nós, mas que não temos coragem de mostrar àqueles que mais amamos!
Porque, infelizmente, aprendemos que é melhor revidar, descontar, agredir, acusar, criticar e julgar do que simplesmente dizer: "você está me machucando... Pode parar, por favor!"
Porque aprendemos que dizer isso é ser fraco, é ser bobo, é ser menos do que o outro...
Quando, na verdade, se agíssemos deixando que a nossa razão ouvisse também o nosso coração, poderíamos evitar tanta dor... Tanta dor!...
Que consigamos não prender o choro, não conter a gargalhada, não esconder tanto o nosso medo, não desejar parecer tão invencíveis... Que consigamos tentar não controlar tanto, responder tanto, competir tanto... Mas confiar na Graça do Senhor Jesus Cristo , que nos basta...
"Não devemos ter medo dos confrontos.... Mas sugiro que deixemos explodir toda a nossa doçura! "
A inteligência sem amor nos faz perversos.
A justiça sem amor nos faz implacáveis...
A diplomacia sem amor nos faz hipócritas.
O êxito sem amor nos faz arrogantes...
A riqueza sem amor nos faz avaro...
A pobreza sem amor nos faz orgulhosos...
A beleza sem amor nos faz fúteis. A autoridade sem amor nos faz tiranos.
"Ame, simplesmente ame!"
E quando, algumas vezes, NÃO encontramos as palavras adequadas para expressar o que sentimos; seja por timidez ou porque os sentimentos nos avassalam; nesses casos podemos contar com o idioma dos abraços...
A vida sem amor... não tem qualquer sentido!
"Ame, simplesmente ame!"
O trabalho sem amor nos faz escravos.
A simplicidade sem amor nos deprecia.
A lei sem amor nos oprime.
A política sem amor nos deixa egoístas.
A fé sem amor nos deixa fanáticos.
A cruz sem amor se converte em tortura.
"Lembrando que "a vida é tão curta e a tarefa de vive-la é tão difícil que quando começamos a aprende-la, já é hora de partir... " Sigamos na certeza de que....
TUDO PASSA...
Que consigamos docemente viver... Sentir... Amar... Ser Transparentes!...
…certo de que esse momento que você vive, seja ele de muita alegria ou de dor…
…Vai passar! e você deverá seguir em frente, sem olhar para trás, rumo à eternidade, sempre transparente, porque tudo passa, mas você é eterno...

Autoria desconhecida

 

Acordei !!!



Quando eu me cobrei demais, não resisti.
Cai diante de tantas exigências e me perdi.
E diante do fracasso dos sonhos malucos que criei,
me vi sentado no desespero e não me achei.

Somos nossos maiores inimigos quando sonhamos.
Quando não colocamos freios na nossa imaginação.
Quando mentimos tanto para nós mesmos, que acreditamos na mentira e nos frustramos.

Nos deixamos levar pela ilusão que cega,
e nos ferimos além do corpo,
bem no fundo da alma, que se entrega.

Eis o fundo do poço:
alguém que já não acredita em si mesmo.
Alguém que se machucou tanto que tem medo do amor.
Alguém que não consegue ver nada além da dor.
Alguém que até mesmo a fé debandou,
e do pouco que restou, ficou o ar que insiste em utilizar,
é viver por viver, caminhar por caminhar.

Alma querida, corte agora os laços com a ilusão.
Acorde para a Vida que é tão bonita e te espera.
Não para viver o sonho da Cinderela
ou do "príncipe adormecido".
Mas o da realidade que pede paciência, trabalho, resignação, e aquela mistura dosada de medo, incerteza e desejo de acertar.

Descobrir que somos falíveis, que erramos, acertamos e temos que seguir adiante.
Não se cobre além dos erros de hoje para procurar acertar amanhã.
E se não der, se errar de novo, sorria, a vida é aprendizado.
E se repetirmos o ano, resta a certeza de que no ano que vem,
já começaremos sabendo mais que os outros.

Sorria e seja feliz!

Paulo Roberto Gaefke


Esvazie a mala

Pessoas que não conseguem desapegar-se das coisas que acumulam na vida, deixam de aproveita-la, porque não conseguem livrar-se de suas pesadas bagagens.
Em minhas viagens, costumo encontrar muitas pessoas que não curtem a jornada porque estão preocupadas demais com sua imensa bagagem. O mesmo acontece com as pessoas que não conseguem desapegar-se das coisas que acumulam na vida: bens, cargos, posições e até mesmo relacionamentos. Elas, com freqüência, deixam de aproveitar a vida porque não conseguem livrar-se de suas pesadas bagagens.
A ruptura de um relacionamento, por exemplo, não é nada fácil, embora em geral, no começo da relação, tudo seja muito simples e gostoso. Estamos, normalmente, tomados pelo delicioso anestésico da paixão. Lidar com o fim de uma relação, porém, é coisa que poucos sabem – embora todos nós possamos aprender.
A melhor história de desapego que conheço aconteceu com um casal de amigos meus. Certo dia, eles me convidaram para uma festa. Ao chegar, vi que se tratava de uma ocasião especial: decoração caprichada, banda de música, todos os amigos e familiares presentes. Lá pelas tantas, para surpresa geral, o casal anunciou que a festa era em comemoração de sua despedida. Estavam celebrando o fim de um ciclo de sua vida após dezessete anos de união. Em um discurso, explicaram:
– Para que a planta nasça, é preciso matar a semente. Para que o fruto exista, é preciso morrer a florada. A borboleta só surge com o desaparecimento da lagarta. O ser humano não existe sem o embrião e só vinga com a transformação do óvulo. Estamos morrendo para esse relacionamento, porém sinceramente preocupados e comprometidos em nascer para outros muito melhores, em que possamos doar o máximo de cada um de nós! Por favor, não fiquem tristes com nossa separação porque os amigos do coração nunca se separam.
Eles decidiram separar-se quando perceberam que estavam mais preocupados em anular a alegria um do outro do que em ser felizes. Se, para serem felizes, era importante transformar essa relação, eles dariam esse passo. Até mesmo para manter a amizade.
Que coragem, não?
É muito raro que alguém admita diante do parceiro que está casado por causa do conforto e não tem mais coragem de enfrentar a própria vida.
Se meu casal de amigos insistisse em seu relacionamento, provavelmente acumularia infelicidades e não poderia aproveitar os diversos passarinhos do amor que ainda surgiriam.
Por isso, não tema deixar para trás as coisas que já morreram. Elas são como uma bagagem que não é mais necessária.
Somente nossa experiência de vida e nosso desejo de criar uma existência cheia de significado são tesouros leves para carregar.

Roberto Shinyashiki

Felicidade não se ensina



As coisas não nasceram para dar certo, somos nós é que fazemos as coisas acontecerem, ou não.
Acredito que a gente tem que ter um foco a seguir, traçar metas, viver por elas. Ou morrer tentando. Jamais queimar etapas e saber reconhecer quando é a sua hora.

O Acaso é uma grande armadilha e destroi os sonhos fracos de pessoas que se acham fortes.
Não passar do tempo e nem chegar antes. Preparar o corpo, o espírito, estudar o tempo o espaço. Não ser escravo de nenhum dos dois.
Observar as coisas que interferem no seu dia e na sua noite. E saber entender que há aqueles sem sol e sem estrelas e que a vida não deve parar só por isso..
Ser gentil com as pessoas e consigo mesmo. E gentileza não tem nada a ver com fraqueza, pois, assim como um bom espadachim, é preciso ter elegância para ferir seus adversários.
O que adintanta uma boca grande e um coração pequeno? Nunca diga que faz, se não o faz.

Ame o teu ofício como uma religião, respeite suas convicções e as pratique de verdade, mesmo quando não tiver ninguém olhando. Milagres acontecem quando a gente vai à luta.
Pratique esportes como arremesso de olhar, beijo na boca, poema no ouvido dos outros, andar de mãos dadas com a pessoa amada, respirar o espaço alheio, abraçar sonhos impossíveis e elogios à distância. E,, em hipótese alguma, tente chegar em primiero. Chegar junto é melhor, até porque, o universo não distribue medalhas nem troféus.
Respeite as crianças, todas, inclusive aquela esquecida na sua memória. Sem crianças não há razão nenhuma para se acreditar num mundo melhor.
As crianças não são o futuro, elas são o presente, e se ainda não aprendemos com isso, somos nós, os adultos, é que tiramos zero na escola.
Ser feliz não quer dizer que não devemos estar revoltados com as coisas injustas que estão ao nosso redor, muito pelo contrário, ter uma causa verdadeira é uma alegria que poucos podem ter.

Por isso, sorrir enquanto luta, é uma forma de confundir os inimigos. Principalmente os que habitam nossos corações. E jamais se sujeite a ser carcereiro do sorriso alheio.
Não deixe que outras pessoas digam o que você deve ter, ou usar. Ter coisas é tão importante como não tê-las, mas é você quem deve decidir. Ter cartão de crédito é bom, porém, ter crédito nele tem um preço.

Se possível, aprecie as coisas simples da vida, vai que no futuro... Adeus pertences.

Esteja sempre disposto ao aprendizado, e não se esqueça que, quem já sabe tudo é porque não aprendeu nada.
As ruas são excelentes professoras de filosofia, pratique andar sobre elas.
Procure desvendar as máscaras do dia a dia, pois o segredo está no minúsculo - assim como um belo espetáculo do crepúsculo-, no pequeno gesto das formiguinhas esconde a grandeza a ser seguida pela humanidade.
Tenha amigos. Se não tem, seja. Eles virão.

Felicidade não se ensina, é uma magia, e o segredo está na disciplina de uma vida sem truques e sem fogos de artifícios.
E não acreditem em poetas. São pessoas tristes que vendem alegria
Sérgio Vaz


*do livro "literatura, pão e poesia" Global Editora


 

3 de outubro de 2014

Mulheres, amor não tem idade!

Por mais que os preconceitos terminem se transformando em barreiras e dificuldades na vida de muitas pessoas, é certo que não há nada mais limitante do que o preconceito consigo mesmo. Isto é, desejar algo, mas não conseguir aceitar esse desejo. Julgar a si mesmo e viver se criticando são posturas que geram conflitos e, na maioria das vezes, até tristeza.

E quando o assunto é relacionamento, sexo e amor, os preconceitos costumam ganhar ainda mais intensidade. São temas que, por si só, já suscitam sentimentos, muitas vezes, contraditórios e confusos. E a bola da vez é a diferença de idade entre o casal.

Quando a mulher é bem mais nova que o homem, parece haver uma tolerância interna maior, embora sempre haja espaço para interpretações equivocadas e críticas sem fundamento. Afinal, estamos falando de humanos - seres que têm a estranha mania de encontrar brechas para complicar o que poderia ser bem mais simples.

Agora, quando a mulher é bem mais velha que seu par, a tendência é que as cobranças e os medos roubem ainda mais a leveza das possibilidades. São elas -as mulheres- que, em geral, partem do pressuposto de que podem se dar mal. E tais pressupostos podem se tornar tão grandes a ponto de impedi-las de viver uma baita experiência amorosa.

Quer saber? Se você já se questionou se pode se dar mal ao se envolver com um homem bem mais jovem, a resposta é: com certeza! E sabe por quê? Porque qualquer pessoa, ao se envolver com alguém, seja de que idade for, pode ser dar mal ou... muito bem! Ou ainda, o que é mais provável, mal e bem ao mesmo tempo! Mas como saber se você não se permitir? Como saber se não viver? Quem disse que a vida dá garantias? Quem realmente pode prever? E, por fim, quem disse que o amor está a serviço de nos acomodar num lugar confortável e morninho para sempre?

Claro, em muitos momentos é assim que a gente vai se sentir quando está vivendo um gostoso encontro. E que bom! Mas que bom também que, na troca com o outro, a gente se depara com a necessidade de se rever, de se questionar, de se tornar mais flexível e de amadurecer. E digo mais: se você se apaixonou por alguém cujas características vão de encontro aos seus preconceitos sobre o que seja certo e errado, talvez esta seja sua grande chance de desistir de uma vidinha movida a dúvidas, regras e receios para se abrir ao surpreendente.

Não estou dizendo que você deve ignorar intuições e constatações sobre o outro que podem mesmo colocá-la em situações constrangedoras, tais como irresponsabilidade, falhas de caráter ou quaisquer outras que desmontam a sua essência, mas isso nada tem a ver com cronologia. O fato é que deixar de viver um relacionamento que pode ser 'tudo de bom' só porque o outro é muito mais jovem ou muito mais velho é se tornar refém de um relógio que nada marca sobre sentimentos, vida e amor. Um relógio que serve apenas para contar os anos de uma história que se desenrolou até chegar a este exato momento em que se enrosca numa outra história - a sua!

Se você está com medo de arriscar, sugiro que você se dê uma chance! Talvez, este seja o seu momento de reavaliar suas crenças e se questionar se você quer viver paralisada pelo medo ou se quer pagar para ver, correndo o sério risco de ser muito feliz, apesar de qualquer medo que persista! Porque se é genuíno, pode apostar que vale!

Rosana Braga

Relaxe: não há felicidade sem tristeza!

Parece óbvio o que canta Lulu Santos: "Não existiria som se não houvesse o silêncio. Não haveria luz se não fosse a escuridão. A vida é mesmo assim, dia e noite, não e sim...". Aliás, é mais do que óbvio. É fato! Nada existiria sem o seu oposto, porque a existência acontece a partir do contraste, da referência, do ponto de vista.

Mas ainda assim, insistimos em desejar felicidade plena. Queremos só alegria, só satisfação. E querer nem é o problema. Afinal, desejar tudo de bom da vida tem lá seu mérito. O problema mesmo é quando a gente se revolta com o que não é tão bom assim. Com o que não é gostoso de sentir.

Sim, tem muita gente se afundando em lamentações e reclamações, por tempo indeterminado e sem nenhuma busca de consciência, quando se depara com a frustração, a perda, a tristeza, o medo, a solidão. Não consegue compreender que tudo isso faz parte. Não percebe o encaixe das engrenagens que faz rodar e amadurecer a vida!

Não se trata de fugir do sofrimento. Nem de tomar posse dele sem que reste espaço para qualquer transformação. Não se trata de subtrair nem de multiplicar sentimentos. Trata-se de doer de modo tão autêntico e intenso quanto nos dispomos a nos alegrar. Trata-se de sentir, simplesmente. O que há para ser sentido. Agora, neste momento. Trata-se viver o que tem para hoje! Sem tornar estático ou definitivo o que quer que seja.

Sei que não é fácil, muitas vezes, suportar dores que parecem ser maiores que nós mesmos. Mas a sensação de que seremos engolidos pela dor também faz parte. E vai se tornando menor e menor e menor. E vai nos ensinando mais e mais e mais. Até que os machucados cicatrizem, as grossas cascas já não sirvam, e a gente se refaça. Mas o novo só é possível quando aprendemos a legitimar tudo o que sentimos.

Desejo que você respeite a sua dor tanto quanto se permita à sua felicidade. E que não queira abreviá-la para parecer forte. Nem prolongá-la para parecer mártir. Que apenas aprenda com ela. Que, sobretudo, dê-se conta de sua imensa fragilidade tanto quanto de sua maravilhosa capacidade de superação. E que, assim, repleto de humanidade, você possa se apoderar de tudo o que preenche o universo. Porque tudo - som e silêncio, luz e escuridão, dia e noite, não e sim - é sagrado!

Rosana Braga