.

Um passo em frente nesta longa escadaria rumo a um sentimento de concretização pessoal. Sou, na minha essência, a mesma... mas visto-me mais de acordo com uma filosofia que é minha, que tomo como minha. Aquela que me autoriza a errar, a arriscar, a ser uma mente aberta, a pagar preços altos pelo que, para mim, faz todo o sentido... momentos de felicidade!

Meu Mundo

"Não sou para todos. Gosto muito do meu mundinho. Ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas. Às vezes tem um céu azul, outras tempestades. Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos. Mas não cabe muita gente. Todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso... São necessárias!" ***Caio F. Abreu

30 de novembro de 2012

O alvo principal

O que é imperfeito será perfeito;
O que é curvo será reto;
O que é vazio será cheio;
Onde há falta haverá abundância;
Onde há plenitude haverá vacuidade.
Quando algo se dissolve, algo nasce.
Assim, o sábio,
Encerrando em si a alma do Uno,
Se torna modelo do Universo.
Não dá importância a si mesmo,
E será considerado importante.
Não se interessa por si mesmo,
E será venerado por todos.
Nada quer para si,
E prospera em tudo.
Não pensa em si,
E é superior a tudo.
E, por não ter desejos,
É invulnerável.
Por isto, há muita verdade
No velho ditado:
Quem se amolda é forte.
É esta a meta suprema
Da vida humana.
(Tao Te Ching - Traduçao de Huberto Rohden)

28 de novembro de 2012

Capacidade de pensar

Qualquer ação promovida num estado intermo de resistência- negativismo, culpa e medo, produz resistência externa. A vida não nos beneficiará. A sensação que temos é que tudo vai contra nós, que na verdade, são os sinais das vibrações que vem de nós. A sincronicidade é o fenômeno da conspiração do Universo a nosso favor. Tudo parece chegar em nossas mãos de forma fácil e misteriosa, que na verdade, são as atrações de nossas próprias vibrações de positivismo, coragem e entusiasmo. O justo da vida é que tudo são nossas construções, é superficial pensar que existem beneficiados. Quem tem benefícios tem seus méritos. Desenvolver a capacidade de pensar corretamente é a habilidade mais importante de sua vida.


Rosalia Schwark

25 de novembro de 2012

Pense ...

"Cada frase que sair de vossos lábios é um universo que criais. Para obrar no caminho de Deus, que as palavras não caiam de vossos lábios, mas fluam docemente como um leite vital. É importante que não surjam como uma torrente, mas se espalhem calmamente como uma onda de frescor.


Extraído do livro: O Caminho dos Essênios

22 de novembro de 2012

REPAREI ...

Reparei que o mundo era outro

 E eu estava longe do mundo...

 Reparei que tu não eras o mesmo

E eu ainda não tinha notado

 Reparei que eu não dei pelo tempo

E pensava que as pessoas eram outras...
Reparei que tudo era novo
E que até o Amor era diferente.

 Reparei que hoje já não é ontem

E que eu também tenho que mudar

Reparei mas fechei os olhos

Pois reparei que não queria reparar.



 Lili Laranjo

O Amor e o apego...

 "Possessividade é o falso amor. (...) Por que o apego se parece com o amor? Qual a diferença? - o mecanismo é sutil.

Amar significa estar pronto para mergulhar no outro. É uma morte a mais profunda morte possível, o mais profundo abismo possível; nele você pode cair e continuar caindo, caindo. Não tem nenhum fim, não tem nenhum fundo; é a queda eterna dentro do outro. Nunca termina. Amar significa tornar o outro tão importante que você deixa de existir.


Amar é render-se incondicionalmente; se houver qualquer condição, então você é importante, não o outro; você é o centro, não o outro. E se você é o centro, então outro é apenas um meio. Você utiliza o outro, explora-o satisfaz-se, gratifica-se por meio do outro, mas você é a meta. E o amor diz: faça do outro o fim dissolva-se, mergulhe. O amor é o fenômeno mortal, um processo de morte. É por isso que as pessoas temem. Nunca o penetra. (...)




O amor é uma necessidade tão profunda que você não pode viver sem ele, seja real ou falso(...)

O amor é como a morte, e se você tem medo da morte, terá medo do amor. (...)


E se você tiver medo da morte como poderá estar pronto para penetrar no amor?
Porque no amor não são apenas as roupas, a casa que mudam é você que morre - a sua mente o seu ego. Esse medo da morte transforma-se em medo do amor e o medo do amor transforma-se em medo da prece, da meditação. Esses três acontecimentos são semelhantes a morte, o amor e a meditação. A rota a ser tomada é a mesma. Se você nunca amou, não será capaz de estar em prece, não será capaz de estar em meditação. Se você nunca amou nem meditou, não compreenderá de modo algum a maravilhosa experiência da morte.(...)

Amor significa morte, mas apego não é morte.
No amor o outro torna-se tão importante que você pode dissolver-se; confia tanto no outro que não necessita ter sua própria mente - pode colocá-la de lado.


Por isso as pessoas dizem que o amor é louco, que é cego. É mesmo! Não que seus olhos fiquem cegos, mas quando o ego está de lado, a sua mente de lado, para todos os outros você parece cego, parece louco.(...) Você não pensa mais em si mesmo.


A confiança é tanta que já não há mais necessidade de pensar. (...) O amor é essa confiança, um dissolvimento do ego. O centro move-se para o outro. (...) A confiança é completa perfeita. E na confiança completa há uma beatude, uma benção. Até mesmo quando você pensa sobre isso, um pequeno vislumbre do que pode ser aparece. Mas quando você chega a sentir é tremendo não há nada igual. O ego então cria o truque, em vez do amor e ego lhe dá o apego, a pessessividade.

O amor diz: seja possuido; o ego diz: possua.
O amor diz: dissolva-se no outro: o ego diz: não permita que o outro se mova em liberdade; corre da liberdade, transforme-o na sua sombra, sua periferia.
O amor dá vida ao outro; o apego,a possessão o mata, tira-lhe a vida.(...)
Quanto mais se ama, menos se teme. Quando o amor realmente é total não há medo. Mas na possessão o medo cresce cada vez mais, porque quando você possui uma pessoa sempre teme que ela o deixe - sempre há a dúvida."


Osho em Nem água nem lua.

Total Aceitação

Do mal, muita coisa boa resultou.


Permanecendo atento, aceitando a realidade, nada reprimindo, vendo as coisas como elas são e não como eu gostaria que fossem, adquiri um conhecimento incomum, assim como poderes invulgares, de uma amplitude... que jamais poderia ter imaginado.






É somente aceitando as coisas é que podemos assumir uma atitude em relação a elas. Por isso, tenciono agora fazer o jogo da vida, ser receptivo a tudo que me chegar, bom ou mal, sol ou sombra, alternando-se eternamente.


Desta forma pretendo aceitar também a minha própria natureza, com seus aspectos positivos e negativos. Assim tudo se torna mais vivo para mim.





Como me esforcei para forçar todas as coisas a harmonizarem-se com o que eu pensava que devia ser, até perceber tudo isso.

Jung

Nosso maior tesouro!!!

Nós nos esquecemos de como esperar; este é um espaço quase abandonado. No entanto, ser capaz de esperar pelo momento certo é o nosso maior tesouro. A existência inteira espera pelo momento certo. Até as árvores sabem disso -- qual é o momento de florescer, e o de deixar que as folhas caiam, e de se erguerem nuas ao céu. Também nessa nudez elas são belas, esperando pela nova folhagem com grande confiança de que as folhas velhas tenham caído, e de que as novas logo estarão chegando. E as folhas novas começarão a crescer.

 Nós nos esquecemos de como é esperar: queremos tudo com pressa. Trata-se de uma grande perda para a humanidade... Em silêncio e à espera, alguma coisa dentro de você vai crescendo -- o seu autêntico ser. Um dia ele salta e se transforma numa labareda, e a sua personalidade inteira é estilhaçada: você é um novo homem. E esse novo homem sabe o que é uma cerimônia, esse novo homem conhece os sumos eternos da vida.


Osho Zen: The Diamond Thunderbolt Chapter 10

20 de novembro de 2012

Uma reflexão...

Somente uma pessoa amorosa, aquela que realmente é amorosa; pode encontrar o parceiro certo. Essa é minha observação: se você está infeliz você irá encontrar alguém também infeliz. Pessoas infelizes são atraídas pelas pessoas infelizes.
E isso é bom, é natural. É bom que as pessoas infelizes não sejam atraídas pelas pessoas felizes; senão elas destruiriam a felicidade delas. Está perfeitamente bem. Somente pessoas felizes são atraídas pelas pessoas felizes. O semelhante atrai o semelhante. Pessoas inteligentes são atraídas pelas pessoas inteligentes; pessoas estúpidas são atraídas pelas pessoas estúpidas. Você encontra as pessoas do mesmo plano. Então a primeira coisa a lembrar é: um relacionamento está fadado a ser amargo se este surgiu da infelicidade. Primeiro seja feliz, seja alegre, seja festivo e então você encontrará alguma outra alma festiva e haverá um encontro de duas almas dançantes e uma grande dança irá surgir disso. Não peça por um relacionamento a partir da solitude, não. Assim você estará indo na direção errada. Então o outro será usado como um meio e o outro lhe usará como um meio. E ninguém quer ser usado como um meio! Cada indivíduo único é um fim em si mesmo. É imoral usar alguém como um meio. Primeiro aprenda como ser só. A meditação é um caminho para ficar sozinho.
Se você puder ser feliz quando você está só, você aprendeu o segredo de ser feliz. Agora você pode ser feliz acompanhado. Se você é feliz, então você tem alguma coisa para compartilhar, para dar. E quando você dá, você obtém; não é de outra maneira. Assim surge uma necessidade de amar alguém.
Geralmente a necessidade é de ser amado por alguém. É a necessidade errada. É uma necessidade infantil; você não está amadurecido. É uma atitude infantil. Uma criança nasce. Naturalmente, a criança não pode amar a mãe; ela não sabe o que é amar e ela não sabe quem é a mãe e quem é o pai. Ela está totalmente desamparada. Seu ser ainda está para ser integrado; ela ainda não está reunida. Ela é somente uma possibilidade. A mãe precisa amar, o pai precisa amar, a família precisa banhar a criança de amor. Agora ela aprende uma coisa: que todos têm que amá-la. Ela nunca aprende que ela precisa amar. Agora a criança irá crescer e se ela permanecer presa nessa atitude que todo mundo tem que amá-la, ela irá sofrer por toda sua vida. Seu corpo cresceu, mas sua mente permaneceu imatura. Uma pessoa amadurecida é aquela que chega a conhecer a necessidade do outro: que agora tenho que amar alguém.
A necessidade de ser amado é infantil, imatura. A necessidade de amar é maturidade. E quando você está preparado para amar alguém, um belo relacionamento irá surgir; de outra maneira não. "É possível que duas pessoas num relacionamento sejam más uma para com a outra"? Sim, isso é o que está acontecendo por todo o mundo. Ser bom é muito difícil. Você não é bom nem para si mesmo.Como você pode ser bom para outra pessoa?
Você nem mesmo ama a si próprio! Como você pode amar outra pessoa? Ame a si mesmo, seja bom para si mesmo. Os seus assim chamados santos têm lhe ensinado
a nunca amar a si mesmo, para nunca ser bom para si mesmo.
Seja duro consigo mesmo! Eles têm lhe ensinado a ser delicado para com os outros e duro para consigo mesmo. Isso é um absurdo.
Eu lhe ensino que a primeira e mais importante coisa é ser amoroso para consigo mesmo. Não seja duro; seja delicado. Cuide de si mesmo. Aprenda como se perdoar, cada vez mais e novamente; sete vezes, setenta e sete vezes, setecentos e setenta e sete vezes. Aprenda como perdoar a si próprio. Não seja duro; não seja antagônico consigo mesmo.
Assim você irá florescer. Nesse florescimento você atrairá alguma outra flor. Isso é natural.

Pedras atraem pedras; flores atraem flores.

Osho


 

Pergunta a Osho:

Se fosse para tomar uma única resolução de ano novo, qual você sugeriria?

Esta e só esta pode ser a resolução de ano novo: Eu resolvo nunca fazer qualquer resolução porque todas as resoluções são restrições do futuro. Todas as resoluções são prisões. Você decide hoje em vez de amanhã? Você destruiu o amanhã.

Permita que o amanhã tenha sua própria existência. Deixe que ele venha à maneira dele! Deixe-o trazer seus próprios presentes.

Resolução significa que você irá permitir apenas isso e que você não irá permitir aquilo. Resolução significa que você gostaria que o sol nascesse no oeste e não no leste. Se ele nasce no leste, você não vai abrir as suas janelas, você vai manter as janelas abertas para o oeste.

O que é resolução? Resolução é luta. Resolução é ego. Resolução é dizer: "Eu não posso viver de forma espontânea." E se você não pode viver de forma espontânea, você absolutamente não vive - você só finge.

Então, deixe apenas uma resolução estar lá: eu nunca vou fazer quaisquer resoluções. Jogue fora todas as resoluções! Deixe a vida ser uma espontaneidade verdadeira. A única regra de ouro é que não existem regras de ouro.

Osho, em "Walk without Feet, Fly without Wings and Think without Mind



 

O Tempo ...

"...O tempo é sua dádiva mais importante, pois você só recebeu uma quantidade fixa dele. Você pode fazer mais dinheiro, mas não pode fazer mais tempo. Quando você dedica seu tempo a alguém, você está dedicando uma porção de sua vida que jamais irá recuperar. O seu tempo é a sua vida . É por isso que o maior presente que você pode dar a alguém é o seu tempo..."

(Rick Warren)

19 de novembro de 2012

A expectativa

A expectativa sinaliza a junção entre o ‘onde você está’ e o ‘aonde você quer estar’.


O ‘aonde’ você quer estar é o seu desejo, e o ‘onde’ você está é o seu ponto de ajuste, ou hábito de pensamento.


E o que acontece no meio é o que chamaríamos de expectativa.


A expectativa, seja em relação ao desejado ou indesejado, é um ponto poderoso de atração. Sua expectativa é sempre aquilo em que você acredita.


Mas, a palavra ‘expectativa’ implica em mais ‘do que você está querendo’ do que o que ‘você não está querendo’. É mais uma palavra positiva do que negativa. Mas, é claro, você poderia ter uma expectativa negativa – e sempre que você tem expectativa, você realizará!


(Abraham - Tradução: Luciene Lima)

16 de novembro de 2012

Lugar vazio ...

"É isto que amamos nos outros: o lugar vazio que eles abrem para que ali cresçam as nossas fantasias. Buscamos, no outro, não a sabedoria do conselho, mas o silêncio da escuta; não a solidez do músculo, mas o colo que acolhe.


Como seria bom se as outras pessoas fossem vazias como o céu, e não tão cheias de palavras, de ordens, de certezas. Só podemos amar as pessoas que se parecem com o céu, onde podemos fazer voar nossas fantasias como se fossem pipas."


Rubem Alves

Chega um momento em que...

"Chega um momento em que a gente se dá conta de que, às vezes, para sermos verdadeiros com nós mesmos, precisamos ter o desprendimento para abençoar as tentativas sem êxito, agradecer pelo o que cada uma nos ensinou, e seguir...
De que, às vezes, para se reconstruir, é preciso demolir construções que, por mais atraentes que sejam, não são coerentes com a ideia da nossa vida. A gente se dá conta do quanto somos protegidos quando estamos em harmonia com o nosso coração...
De que o nosso coração é essencialmente amoroso, o bordador capaz de tecer as belezas que se manifestam no território das formas...
De que, sabedores ou não, é ele que tem as chaves para as portas que dão acesso aos jardins de Deus. E, vez ou outra, quando em plena comunhão criativa, entra lá, pega uma muda de planta e traz para fazê-la florescer no canteiro do mundo."


Ana Jácomo

Evite ver o que não vale a pena ver...

Evite usar seus olhos para ver o que não vale a pena ver. Deixe que comentários inúteis e negativos entrem por um ouvido e saiam pelo outro. Esses são os segredos para permanecer sempre leve. Portanto, cuide-se para não ficar pesado. Deus é tão leve! Fique leve e Deus ficará o tempo todo com você. A consciência de ser uma alma o levará para o silêncio e você se sentirá leve em um segundo. Seja cooperativo com todos e interaja com amor, mas cuide-se para não se envolver em grupos que se queixam e fofocam. Lembre-se: corvos pegam defeitos, cisnes pegam virtudes. Seja como um cisne. Pratique o silêncio. Seja sagrado...


Dadi Janki

 

15 de novembro de 2012

A melhor versão de nós mesmos...

Alguns relacionamentos são produtivos e felizes. Outros são limitantes e inférteis. Infelizmente, há de ambos os tipos, e de outros que nem cabe aqui exemplificar. O cardápio é farto. Mas o que será que identifica um amor como saudável e outro como doentio? Em tese, todos os amores deveriam ser benéficos, simplesmente por serem amores.


Mas não são. E uma pista para descobrir em qual situação a gente se encontra é se perguntar que espécie de mulher e que espécie de homem a sua relação desperta em você. Qual a versão que prevalece?


A pessoa mais bacana do mundo também tem um lado perverso. E a pessoa mais arrogante pode ter dentro de si um meigo. Escolhemos uma versão oficial para consumo externo, mas os nossos eus secretos também existem e só estão esperando uma provocação para se apresentarem publicamente. A questão é perceber se a pessoa com quem você convive ajuda você a revelar o seu melhor ou o seu pior.


Você convive com uma mulher tão ciumenta que manipula para encarcerar você em casa, longe do contato com amigos e familiares, transformando você num bicho do mato? Ou você descobriu através da sua esposa que as pessoas não mordem e que uma boa rede de relacionamentos alavanca a vida?


Você convive com um homem que a tira do sério e faz você virar a barraqueira que nunca foi? Ou convive com alguém de bem com a vida, fazendo com que você relaxe e seja a melhor parceira para programas divertidos?


Seu marido é tão indecente nas transações financeiras que força você a ser conivente com falcatruas?


Sua esposa é tão grosseira com os outros que você acaba pagando micos pelo simples fato de estar ao lado dela?


Seu noivo é tão calado e misterioso que transforma você numa desconfiada neurótica, do tipo que não para de xeretar o celular e fazer perguntas indiscretas?


Sua namorada é tão exibida e espalhafatosa que faz você agir como um censor, logo você que sempre foi partidário do “cada um vive como quer”?


Que reações imprevistas seu amor desperta em você? Se somos pessoas do bem, queremos estar com alguém que não desvirtue isso, ao contrário, que possibilite que nossas qualidades fiquem ainda mais evidentes. Um amor deve servir de trampolim para nossos saltos ornamentais, não para provocar escorregões e vexames.


O amor danoso é aquele que, mesmo sendo verdadeiro, transforma você em alguém desprezível a seus próprios olhos. Se a relação em que você se encontra não faz você gostar de si mesmo, desperta sua mesquinhez, rabugice, desconfiança e demais perfis vexatórios, alguma coisa está errada. O amor que nos serve e nos faz evoluir é aquele que traz à tona a nossa melhor versão.


Martha Medeiros

14 de novembro de 2012

Aconteça o que acontecer

Em tudo aquilo que nós empreendemos, e qualquer que seja o domínio, material ou espiritual, em que o fazemos, o que conta são os nossos esforços.


O Céu nunca considera o sucesso, só os esforços. Sobre o sucesso, é Ele que decide, pois tudo o que nós fazemos se inscreve num conjunto e deve, por isso, servir os planos de Deus, estar de acordo com eles; e talvez não esteja previsto que os projetos em que nós estamos a trabalhar se realizem como nós desejamos.


Só os esforços nos pertencem, o sucesso não.
Deixai, pois, os seres do Alto decidirem sobre o momento em que os vossos esforços serão coroados de êxito.


Aconteça o que acontecer, deveis dizer: «É certo que, por enquanto, o meu trabalho não dá muitos resultados visíveis, tangíveis, mas, na realidade, eu sei que hoje ele já está a dar frutos.»


Há sempre resultados no vosso coração e na vossa alma, mesmo que não se vejam.


Nada permanece inerte ou estagnado.



(Omraam Mikhaël Aïvanhov)

12 de novembro de 2012

Escolhas

É raro que, na vida real, possamos ter o melhor de dois mundos, ficar com a lenha e se aquecer com o fogo.


Quase sempre é preciso escolher. Com o tempo, a gente se acostuma a abrir mão de algumas coisas em favor de outras. Até aprende a conviver com a possibilidade de ter feito a escolha errada.


Afinal, a dúvida é o preço da pureza.


No fim das contas, é isso que nós somos: as escolhas que fazemos...


O destino, este brincalhão, às vezes nos leva a escolher as coisas mais distantes. Depois, nos mostra que o tesouro estava o tempo inteiro ao nosso lado.


A gente vive cruzando o rio atrás de água, né?


Dobramos a bainha das calças e caminhamos milhas e milhas atrás da água que já estava ali, desde o início, molhando nossos pés...






(H. Gessinger)

11 de novembro de 2012

O caminho correto

Você tem o seu caminho. Eu tenho o meu.
O caminho correto e único não existe!

EIS O TRECHO DE um poema de Robert Frost:

Diante de mim havia duas estradas. Escolhi a estrada menos percorrida E isso fez toda a diferença.

Seguindo a mesma linha, M. Scott Peck, em A trilha menos percorrida, adverte que nada é fácil quando saímos da rota mais comum: “É humano – e sábio – temer o desconhecido, ficar ao
menos um pouco apreensivo ao embarcar em uma aventura.

No entanto, é somente com as aventuras que aprendemos coisas importantes.”
Ele explica, em seu livro, que o crescimento pessoal é uma tarefa árdua e complexa, que dura a vida toda, e um caminho no qual não existem muitos atalhos, basicamente porque os atalhos
são construídos, passo a passo, com as pegadas das próprias pessoas. No entanto, essa maneira de caminhar em direção ao desconhecido contém sabedoria e realização. Para Peck, é provável que nossos momentos mais sublimes ocorram quando nos sentirmos profundamente abatidos, infelizes ou descontentes. É somente nesses momentos que, movidos pela insatisfação, seremos capazes de sair da trilha já percorrida e buscar respostas mais verdadeiras em outros caminhos.



Do Livro Nietzsche para Estressados

Quem interroga...

NIETZSCHE AFIRMAVA QUE

“são poucos os que não revelam os segredos mais importantes de um amigo”.
Em outras palavras, somos donos do que calamos e escravos do que dizemos. Por isso mesmo devemos tomar cuidado com o que contamos e a quem contamos, pois uma informação que para nós já não é relevante poderá ressurgir no momento menos oportuno.
É preciso ter cuidado especial com as pessoas que assumem o papel de interrogadoras para roubar nossa energia, segundo a teoria do escritor James Redfield:

Quem interroga analisa o mundo do outro com a intenção específica de encontrar algo censurável. Quando encontra, critica esse aspecto da vida do outro. (...) Depois, este se sente inibido e intimidado, e presta atenção no que o interrogador faz e pensa, tentando não fazer nada de errado que possa ser notado. Essa deferência psíquica fornece ao interrogador a energia que ele tanto deseja.



Do Livro Nietzsche para Estressados


 

Longínqua felicidade...

Não sou mestre de ninguém.
Ninguém é discípulo meu.
Sou como a flecha na encruzilhada,
Cuja missão é apontar o caminho certo
- E depois ser abandonada...
Se o viandante não ultrapassar a seta,
Não cumpre o desejo da mesma.
Ai de mim se eu não for abandonado!
Se o viajante parar diante de mim,
Contemplando a minha forma e cores,
Se, em vez de demandar
A invisível longinquidade
Se enamorar da minha visível propinquidade,
Não compreender a minha mensagem,
Que aponta para além de mim,
Rumo ao Infinito...
Ai de mim, se eu for espelho,
Perante o qual os homens parem
Para se contemplarem a si mesmos,
Em mortífero narcisismo!
Feliz de mim, se eu for janela aberta,
Que permita visão de horizontes longínquos,
Passagem franca para o Infinito!
Não sou mestre de ninguém,
Ninguém é discípulo meu!
Indico a todos o Mestre invisível,
Que habita na alma de cada um
E para além de todos os mundos.
Sinto-me feliz, quando o viajor,
Orientado pela legenda da minha seta,
Me abandona e vai em demanda
Da indigitada meta
Em espontânea liberdade,
Rumo à longínqua felicidade...

(Huberto Rohden)

10 de novembro de 2012

A transformação


“A transformação do milho duro em pipoca é símbolo da grande transformação por que devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser.

O milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro.

O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer.

Pelo poder do fogo podemos, repetidamente, nos transformar em outra coisa. Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca para sempre.

Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosas. Só que elas não percebem. Acham que o jeito seu é o melhor jeito de ser.

Mas, de repente vem o fogo.

O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Pode ser de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder o emprego, ficar pobre. Pode ser o fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão – sofrimentos cujas causas ignoramos. Há sempre o recurso do remédio. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação.

Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer. Dentro da sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: “Pum”! – e ela aparece com uma outra coisa completamente diferente que ela mesmo nunca havia sonhado.

Piruá é o milho de pipoca que se recusa estourar. São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente se recusa a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. As suas presunções e medos são a dura casca de milho que não estoura. O destino delas é triste. Ficarão duras a vida inteira. Não vão dar alegria para ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.”



Rubem Alves

Compreender a impermanência



“Compreender a impermanência é saber que tudo muda o tempo todo e que nada é permanente, nem mesmo nossas dores e as nossas feridas.
Geralmente ficamos muito tristes quando as coisas mudam, mas esquecemos de perceber o lado positivo dessas mudanças.

A água do rio hoje, não será a mesma água do rio de amanhã, e ainda assim, será o mesmo rio. Talvez nesse mesmo rio, tenha amanhã, uma água mais pura e cristalina. E é graças à impermanência que tudo é possível. Graças à impermanência, existe um fluxo de vida que pode fluir por vários caminhos.

O que seria de nós se nosso sofrimento fosse eterno e permanente?
Quando pudermos perceber o milagre da impermanência, será mais fácil nos libertar de tristezas e sofrimentos. Estamos em constante luta com a nossa mente cheia de desejos e apegos, os quais nos causam dor, sofrimento e frustração.

Não é tão fácil mudar nossos padrões mentais e nossos hábitos. Estamos sempre repetindo os mesmos padrões que muitas vezes são destrutivos e nos causam muitos conflitos interiores, nos mantendo reféns de nós mesmos. No entanto, é preciso perceber o que nos mantêm prisioneiros desses hábitos e padrões, quais atitudes são as causas de nossos sofrimentos. Quando compreendemos que ao mudar nossas atitudes e pensamentos também eliminamos nossas dores, podemos enfim, viver de uma maneira mais saudável e equilibrada.

Tudo está em constante mutação. A impermanência faz parte de nossa condição humana. Podemos observar quantas mudanças ocorrem tanto em nossa vida como na vida de nossos familiares e amigos. E é através dessas mudanças, que podemos nos libertar de nossos apegos e medos e desenvolver nossa aceitação.

Quando nos esquecemos da impermanência, não nutrimos nosso amor corretamente. Quando nos libertamos da prisão interna criada por nossos condicionamentos, preconceitos, apegos, aversões, culpas, limitações e hábitos, começamos a nos aceitar, a gostar de nós mesmos, e consequentemente, começamos a abrir nossos corações para aceitar os outros da maneira que são.

Considerando-se a impermanência de tudo, em um mundo em constantes alterações, o apego representa a ilusão para deter a marcha dos acontecimentos, impossibilitando o surgimento da realidade, muitas vezes, adiando um caminho mais feliz que “nos espera”.

Sabemos que muitas mudanças ocorrem inesperadamente em nossa vida, algumas boas, outras difíceis de enfrentar e de aceitar. Porém, são muitas dessas mudanças que nos trazem crescimento e maturidade.

Geralmente é através de muitos momentos difíceis que reconhecemos nossa força interior, nossa coragem. E quando reencontramos nossa coragem e confiança, superamos nossas dificuldades com muito mais facilidade.

Sugiro que olhe para sua vida nesse instante, e reflita:
Onde você nasceu? Ainda vive nesse local? Quem são as pessoas com quem você conviveu? Você ainda convive com elas? Em que casa você morou? Ainda vive na mesma casa? Quem são os amigos que fizeram parte da sua infância? São os mesmos amigos de hoje? E seus relacionamentos? Empregos? Projetos? Sonhos? Sempre foram os mesmos? Provavelmente as coisas estejam bem diferentes agora. E o quanto você melhorou com todas essas mudanças? O quanto você pôde aprender com elas? Se nada tivesse mudado você seria quem é hoje?

Quando compreendemos a impermanência, entendemos o valor de cada momento e tomamos consciência de que o momento presente é o mais importante de nossa vida. Só no aqui e agora é que podemos criar e realizar algo, só no presente é que podemos transformar nossas vidas, nossa história. Só o momento presente pode nos dar a verdadeira satisfação. Na maior parte do tempo estamos sempre esperando que no futuro algo melhor aconteça ou ficamos nos lembrando do passado, lamentando ou comparando com o nosso presente.

Precisamos aprender a viver o momento presente, pois se vivermos com foco no passado ou no futuro, estaremos sempre ansiosos, frustrados, insatisfeitos e infelizes. Não é sábio se preparar para a vida sem vivê-la plenamente.

Se nada é permanente e tudo está em constante mutação, é inútil carregarmos um passado que já mudou, que não existe mais, e também é em vão vivermos num futuro que não existe e que pode nunca existir do modo que imaginamos. Viver e estar no presente é a real oportunidade que temos de criar e recriar a nossa história.”



Cristiane P. Cappa

Olhar para ver

“A beleza da consciência não costuma se mostrar no clarão das luzes que brotam do calor dos acontecimentos.
Assim como os olhos exigem alguma proteção para olhar diretamente em direção ao sol, nossa razão pede a proteção do tempo para poder contemplar com serenidade a verdade em todo o seu esplendor.
É preciso distanciar-se dos fatos, das experiências vividas, para finalmente poder-se contemplar a beleza da verdade.
O tempo é o único colírio capaz de limpar os olhos da nossa razão, com os quais realmente enxergamos.
É mister despir-se das ilusões, miragens que não ocorrem apenas para os perdidos nos desertos de areia.
É essencial livrar-se dos falsos valores que levam a julgamentos igualmente falsos; abandonar tolas crendices filhas da angústia e do medo do desconhecido.
Existe ainda o perigo do deslumbre que cega a mente e ilude nossa capacidade de julgar; a vaidade tola e a megalomania, caminhos que levam a bezerros de ouro, à paixão pela conquista do poder pelo poder, ou como forma de submeter o próximo.
Nossos olhos, muitas vezes, emprestam lentes de narciso, capazes de distorcer nossa real imagem e os julgamentos que fazemos dos nossos atos.
Só o tempo permite àqueles que dele fazem bom uso, cultivando o saber e examinando a vida em profundidade, perceber as coisas realmente importantes e belas.
Nós humanos, como as flores, os pássaros e tudo que é vivo, temos um ciclo que se inicia com o nascimento, prossegue com o florescer da maturidade e termina com a morte.
Morremos todos, sem a beleza ou o vigor físico; de nada adiantam nossas conquistas terrestres, todas são fugazes.
Se algo for eterno, será apenas a consciência que adquirimos neste viver.
Esse enorme mistério da vida e da morte é o mais tranquilo, límpido e belo espetáculo ao qual nenhum outro se compara, mas que só pode ser observado e compreendido com o tempo, com o passar do tempo; esse é um privilégio reservado aos que usaram bem seu tempo de vida.
É contraditório, mas é preciso morrer para se entender e vislumbrar toda a beleza da vida.
Daí, talvez, a sabedoria popular do velho ditado que diz: “neste mundo, quem mais olha menos vê, quem não morre não vê Cristo”.
Acredito que, no ditado popular, a palavra cristo significa “ter consciência do processo da vida”.
Se fôssemos capazes de menores ilusões e maior consciência, certamente seríamos muito mais felizes.
Teríamos maior prazer no trabalho, trataríamos o próximo com mais amor e respeito; seríamos mesmo capazes de amá-lo, não por nossos interesses, mas sim por ele mesmo.
Não teríamos a maioria das nossas preocupações, dormiríamos melhor, administraríamos melhor nossas energias e não permitiríamos que tolas fantasias e angústias desnecessárias se apossassem de nosso ser.
Viveríamos em paz, teríamos mais tempo para as crianças, as flores e os pássaros.
Não necessitaríamos do consumo de drogas ou de bens supérfluos, usaríamos nosso tempo e nossa energia para coisas muito mais prazerosas; pensar e examinar a vida, livrar-nos de falsos valores, fantasias e miragens, encontrar a essência da vida, ver com os olhos da alma.
Oriovisto Guimarães

Nossas Ações ...

...Somos controlados pelos caprichos da mente ordinária, que vai para cima e para baixo, para a direita e para a esquerda, produzindo pensamentos bons e ruins, agradáveis e dolorosos. Nesse meio tempo, plantamos uma semente a cada pensamento, palavra e ação. Com a mesma certeza que a semente de uma planta venenosa produz frutos venenosos, ou uma planta medicinal cura, as ações maléficas produzem sofrimento e as ações benéficas, felicidade.



Nossas ações viram causas e, dessas causas, naturalmente vêm resultados. Tudo que é colocado em movimento produz um movimento correspondente. Se você joga uma pedra numa lagoa, formam-se ondulações que correm para fora em círculos, batem na margem e voltam. O mesmo se passa com o movimento dos pensamentos: ondulações correm para fora, ondulações retornam. Quando os resultados desses pensamentos retornam, sentimo-nos vítimas indefesas: “Estávamos inocentemente vivendo nossa vida… porque todas essas coisas estão acontecendo conosco?” O que acontece é que as ondulações estão voltando para o centro. Isso é o carma.

Trecho do livro Portões da Prática Budista,
de Chagdud Tulku Rinpoche

8 de novembro de 2012

Era uma vez um arquipélago em um mar bonito e largo, soprado de ventos suaves e de atmosfera sempre limpa. Nunca se vira nele um tufão.
Naquele mar, sempre a tranquilidade.


Na alma de cada ilha, e entre as ilhas, a paz não existia. Ao contrário, eram vaidosas e estavam sempre competindo.
Dizia uma:
- É nas minhas águas que os pescadores acham as pérolas mais valiosas para enfeitar o colo das princesas.
A outra retrucava:
- Esqueces que é nas minhas praias que os poetas do reino, enamorados, compõem os mais belos cânticos. Fazem canções que amenizam os sofrimentos do povo pobre e também dão encanto aos sonhos de amor das princesas.
Uma terceira interferia:
- Onde é que os pescadores acham alimento? São nas minhas águas que apanham peixes, tartarugas, camarões... É de mim que retiram o sustento dos filhos. O que sobra vão vender no mercado.
Passaram-se dias, meses, anos, séculos… Sempre a paz no mar. Sempre a rixa no arquipélago.
Numa tarde, de repente, uma das ilhas começou a sacudir-se e, em poucos minutos, agitada em agonia vulcânica, desfazendo-se ruidosamente, desapareceu sob as águas.
Enquanto isso, as outras, ainda estupidamente rivais, embora aparentando compaixão, para si mesmas diziam:
- Antes ela do que eu.
Demorou pouco. Também atingidas pela comoção da plataforma, foram igualmente tragadas pelo fogo e pelo mar.
De si mesma e das outras, cada ilhazinha conhecia apenas o que ficava acima da água. Ignoravam que, no fundo, eram uma só. Ignorantes, não percebiam que o mal ou o bem não atingiria uma sem atingir as outras. Por isso eram orgulhosas, estúpidas e rivais.

Cada homem é uma ilhazinha ignorante no arquipélago da humanidade.


(Hermógenes)